ATA DA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 02-3-2005.
Aos dois dias do mês de março de dois mil e cinco,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo,
Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Raul Carrion, Sebastião
Melo e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores
Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal,
Márcio Bins Ely, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki,
Mônica Leal, Paulo Odone, Professor Garcia e Valdir Caetano. Constatada a
existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e
determinou a distribuição em avulsos das Atas da Primeira, Segunda e Terceira
Sessões Ordinárias, que deixaram de ser votadas, em face da inexistência de quórum
deliberativo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Dr. Goulart, o Pedido
de Providências nº 209/05 (Processo nº 1184/05) e os Projetos de Resolução nos
016 e 036/05 (Processos nos 0075 e 0095/05, respectivamente); pelo
Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providências nos 241, 242,
243, 244, 245, 246, 247, 251, 252, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 259, 260 e
261/05 (Processos nos 1248, 1249, 1250, 1251, 1252, 1253, 1254,
1298, 1300, 1301, 1302, 1303, 1304, 1305, 1306, 1307, 1308 e 1309/05,
respectivamente) e o Projeto de Resolução nº 014/04 (Processo nº 0094/04); pelo
Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Lei do Legislativo nos
056 e 057/05 (Processos nos 1270 e 1271/05, respectivamente); pelo Vereador
João Carlos Nedel, juntamente com os Vereadores João Antonio Dib e Mônica Leal,
os Pedidos de Providências nos 263 e 264/05 (Processos nos
1333 e 1334/05, respectivamente); pela Vereadora Manuela d'Ávila, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 051/05 (Processo nº 1215/05); pela Vereadora Maria
Celeste, os Projetos de Lei do Legislativo nos 052 e 053/05
(Processos nos 1244 e 1246/05, respectivamente) e o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 002/05 (Processo nº 1243/05); pela Vereadora Neuza
Canabarro, os Projetos de Lei do Legislativo nos 059 e 061/05
(Processos nos 1310 e 1346/05, respectivamente); pelo Vereador Paulo
Odone, o Pedido de Providências nº 210/05 (Processo nº 1185/05); pelo Vereador
Sebastião Melo, o Projeto de Resolução nº 069/05 (Processo nº 1283/05). Também,
foi apregoado o Ofício nº 026/05, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre,
encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 004/05 (Processo nº 1352/05).
Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pelo Senhor
Presidente, solicitando desarquivamento de Processos: de autoria do Vereador
Adeli Sell, com referência aos Projetos de Lei do Legislativo nos
081/01 e 187/04 (Processos nos 1576/01 e 4202/04, respectivamente);
de autoria da Vereadora Maria Celeste, com referência aos Projetos de Lei do
Legislativo nos 028/01 e 036/04 (Processos nos 0927/01 e
0855/04, respectivamente); de autoria do Vereador Mario Fraga, com referência
aos Projetos de Lei do Legislativo nos 183, 208 e 209/04 (Processos
nos 4120, 5049 e 5067/04, respectivamente). Do EXPEDIENTE,
constaram: Ofícios nos 10039208, 10039209, 10039211, 10039216,
10039218, 10039219, 10039223, 10039224, 10039231, 10039232, 10039237, 10039238,
10039242, 10039243, 10039248, 10039251, 10039253 e 10039255/05, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na ocasião, foi apregoado o Memorando
nº 041/05, firmado pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal
de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador
Maurício Dziedricki se encontra representando externamente este Legislativo na
solenidade de posse dos novos integrantes e eleição dos novos Presidentes e
Vice-Presidentes das Comissões Permanentes da Assembléia Legislativa do Estado
do Rio Grande do Sul, às dez horas e trinta minutos de hoje, no Teatro Dante
Barone do Palácio Farroupilha. A seguir, o Senhor Presidente registrou que, a
partir de hoje e todas as quartas-feiras após as quatorze horas, estará em
funcionamento a TV Legislativa, que compartilhará, ao vivo pelo canal 16 da
NET, as transmissões das Sessões da Câmara Municipal de Porto Alegre e da Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Também, por solicitação do Senhor
Presidente, a Vereadora Neuza Canabarro informou as atividades que serão
desenvolvidas pela Câmara Municipal de Porto Alegre durante a Semana da Mulher,
no período de hoje até o dia oito de março do corrente. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
041/92, discutido pelo Vereador João Carlos Nedel, 142/98, 136 e 188/00,
026/02, este discutido pelo Vereador Adeli Sell, 031, 035, 135, 212, 213, 219,
220, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 236, 239, 240/04, este discutido pelo Vereador
Raul Carrion, 242, 243, 244, 245, 247, 248 e 249/04, estes discutidos pelo Vereador
João Carlos Nedel, 250/04, 019 e 027/05, os Projetos de Lei Complementar do
Legislativo nos 013/02, 031/03, 004 e 001/05, este discutido pelos
Vereadores João Carlos Nedel e Raul Carrion, os Projetos de Resolução nos
084 e 099/04, 039, 040, 041, 048, 049, 053, 054, 056 e 046/05, este discutido
pelo Vereador Carlos Comassetto; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 103/01, discutido pelo Vereador João Carlos Nedel,
052 e 210/02, 046, 327, 402 e 433/03, 216 e 087/04, este discutido pelo Vereador
João Antonio Dib, 006, 020, 023, 029, 036 e 010/05, este discutido pelo Vereador
Carlos Comassetto, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos
005 e 015/00, 017/04, 004/01, este discutido pelo Vereador Carlos Comassetto,
os Projetos de Resolução nos 039, 080 e 095/04, este discutido pelo
Vereador Carlos Comassetto, 121/04, discutido pelo Vereador Raul Carrion, 037,
038, 042, 051, 055, 057, 058, 067 e 045/05, este discutido pelo Vereador Carlos
Comassetto; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 098,
108, 157 e 159/03, 070, 072, 085, 091, 092, 114, 128, 130, 160, 176, 177, 179,
182, 195, 197, 199, 229, 230, 235 e 241/04, os Projetos de Lei Complementar do
Legislativo nos 007, 011 e 015/04, o Projeto de Resolução nº 096/04,
discutido pelo Vereador Carlos Comassetto. Na ocasião, o Senhor Presidente
registrou a presença do Vereador Éderson Machado, do Partido dos Trabalhadores
do Município de Viamão – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Claudio
Sebenelo discorreu acerca de medidas que estão sendo tomadas em Porto Alegre
relativamente aos direitos dos animais. Em relação ao assunto, elogiou a
postura adotada pelo Governo Municipal durante o Fórum de Bem-Estar dos
Animais, considerando a esterilização dos animais de rua uma saída melhor do
que o sacrifício e defendendo uma discussão mais aprofundada em torno da
questão das carroças que circulam no Município. O Vereador Dr. Goulart
enalteceu o trabalho realizado pelo Vereador DJ Cassiá Gomes, quando
substituindo Sua Excelência, e consternou-se com a situação dos serviços de
saúde pública em Porto Alegre. Nesse sentido, posicionou-se favoravelmente à
realização de mudanças estruturais nos serviços prestados à comunidade,
comentando o volume de recursos destinados anualmente aos hospitais municipais
e sugerindo modificações na Central de Marcações de Consultas. O Vereador
Professor Garcia informou a reinauguração, hoje, do Ginásio de Esportes do
Centro Estadual de Treinamento Esportivo – CETE, cumprimentando o Senhor Luiz
Celso Giacomini pelo seu desempenho na Presidência da Fundação de Esporte e
Lazer do Estado do Rio Grande do Sul – FUNDERGS. Ainda, relembrou a ligação
profissional de Sua Excelência com o CETE e apoiou a denominação de Kalunga ou
Aldo Potrich para designar o novo Ginásio de Esportes. O Vereador Raul Carrion
criticou a proposta de aumento das tarifas de ônibus em Porto Alegre,
referindo-se a reunião na qual a Comissão de Urbanismo, Transporte e Habitação
– CUTHAB – tratou do assunto e afirmando que essas majorações não devem superar
a inflação. Também, convidou os Senhores Vereadores para a reunião Extraordinária
da CUTHAB, a fim de que seja discutida a ocupação irregular da Avenida Eduardo
Prado e noticiou sua participação na 2ª Conferência Nacional das Cidades. A
Vereadora Maristela Maffei comentou a representação do Vereador Carlos
Todeschini, ontem, na posse do Presidente do Uruguai, mencionando que o fortalecimento
do MERCOSUL e o combate à pobreza são os principais objetivos do novo
Presidente uruguaio. Ainda, analisou a falta de remédios enfrentada pela farmácia
do Estado e defendeu a manutenção do nome de Diógenes Sobrosa de Souza como
logradouro público. O Vereador João Antonio Dib manifestou-se relativamente ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 367/03, de autoria do Vereador Ervino Besson,
que denomina Diógenes Sobrosa de Souza um logradouro no Bairro Lomba do
Pinheiro, discorrendo acerca da participação do Homenageado em episódio que resultou
na morte de um policial militar e justificando a necessidade de que a concessão
de prêmios por esta Casa seja melhor analisada pelos Senhores Vereadores. A
Vereadora Clênia Maranhão discursou a respeito da eleição presidencial
realizada no Uruguai, salientando o interesse dos gaúchos pelos assuntos
políticos dos países da América Latina. Ainda, comentou reunião da Comissão de
Habitação, Transportes e Habitação, na qual foi debatido o aumento das tarifas
do transporte Municipal, asseverando que a Câmara Municipal de Porto Alegre não
tem competência direta sobre a decisão de reajustes nos valores dessas tarifas.
O Vereador Sebastião Melo, referindo-se ao debate ocorrido na Comissão de
Habitação, Transportes e Habitação, acerca dos aumentos nas passagens do
transporte coletivo, alegou que durante os dezesseis anos de gestão do Partido
dos Trabalhadores em Porto Alegre, o custo do transporte para a população sempre
foi alto. Também, debateu o passe-livre nos ônibus e a isenção de passagens
para pessoas com mais de sessenta anos. Após, nos termos do artigo 94, § 1º,
alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao
Vereador Carlos Todeschini, que relatou sua participação, em Representação
Externa deste Legislativo, na cerimônia de posse do Senhor Tabaré Vasquez no
cargo de Presidente do Uruguai, realizada ontem em Montevidéu, Uruguai. A
seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e
aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Foi
aprovado o Requerimento nº 055/05 (Processo nº 1224/05 – Moção de Solidariedade
aos moradores do Condomínio Sonho Real, localizado na Cidade de Goiânia – GO,
em virtude da repressão, por parte da Polícia Militar daquele Estado, ocorrida
no dia dezesseis de fevereiro do corrente, que ocasionou duas mortes), de
autoria da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. Foi aprovado o
Requerimento nº 053/05 (Processo nº 1181/05 – Sessão Solene para assinalar o
transcurso dos setenta anos da Associação Riograndense de Imprensa – ARI), de
autoria da Vereadora Neuza Canabarro. Foi aprovado o Requerimento nº 062/05
(Processo nº 1281/05 – Moção de Repúdio à proposta de aumento de salário dos
Deputados Federais), de autoria da Vereadora Maria Celeste, por vinte e quatro
votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Maria Celeste, Claudio
Sebenelo, Sofia Cavedon, Raul Carrion, Clênia Maranhão, Professor Garcia e João
Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos Todeschini,
tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João
Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza
Canabarro, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Na ocasião, a Vereadora
Maria Celeste formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando que cópia da Moção de Repúdio aprovada anteriormente seja também
enviada às Bancadas com assento no Congresso Nacional. Foi aprovado o
Requerimento nº 057/05 (Processo nº 1241/05 – Moção de Solidariedade à figura
dos agentes de segurança do Rio Grande do Sul pelo exemplar cumprimento da
missão para a qual foram formados), de autoria do Vereador José Ismael Heinen,
após ser encaminhado à votação pelos Vereadores José Ismael Heinen e Adeli
Sell. Foi aprovado o Requerimento nº 051/05 (Processo nº 1164/05 – Moção de
Solidariedade à Escola de Samba Estado Maior da Restinga, pela superação de
dificuldades estruturais, de organização e financeiras e pelo título de Campeã
no Carnaval de dois mil e cinco), de autoria do Vereador Carlos Comassetto,
após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Carlos Comassetto, Mario Fraga,
Margarete Moraes e Raul Carrion. Foi votado o Requerimento nº 054/05 (Processo
nº 1190/05 – Moção de Apoio às ações conjuntas da Secretaria Municipal de
Produção, Indústria e Comércio, Brigada Militar e da Guarda Municipal em galerias
do Centro, que levaram à apreensão de milhares de produtos pirateados), de autoria
do Vereador Adeli Sell, o qual recebeu quinze votos SIM, após ser encaminhado à
votação pelos Vereadores Adeli Sell e Mario Fraga, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Haroldo de Souza, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart,
Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Márcio
Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Nereu D'Avila e Neuza
Canabarro, votação
esta declarada nula pelo Senhor Presidente, em face da inexistência de quórum
deliberativo. Às dezessete horas e trinta e três minutos, constatada a
inexistência de quórum deliberativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Elói Guimarães e
secretariados pelo Vereador Nereu D’Avila. Do que eu, Nereu D’Avila, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em
avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Hoje nós estamos iniciando uma experiência em
termos de comunicação através da TV Legislativa - às quartas-feiras -, tanto a
Câmara Municipal quanto a Assembléia Legislativa estarão em transmissão comum,
não só para a cidade de Porto Alegre, evidentemente, como para o interior do
Estado. Então os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, juntamente com
os Deputados e as Deputadas Estaduais, estarão sendo assistidos também no nosso
interior do Estado, ou seja, naqueles Municípios onde a TV Legislativa alcança.
É um dado importante do ponto de vista da própria democracia e um fato inédito,
porque não nos consta que se tenha firmado no País, entre as suas Assembléias e
as Câmaras de Capitais, um convênio nesse sentido de participação conjugada.
Hoje tivemos a
honra de receber o Presidente da Assembléia Legislativa em nossa Casa no café
da manhã, quando as Vereadoras abriram a Semana da Mulher, e, durante a semana,
teremos programações intensas em que serão destacados o papel da mulher e todos
os aspectos envolvendo o Dia Internacional da Mulher, que culminarão, nesta
Casa, com uma Sessão Solene. Queremos dizer que entregamos às Sras
Vereadoras toda a gestão administrativa, governativa da Semana da Mulher. E a
Sessão Solene, no dia 8, será presidida pelas Vereadoras que integram a Câmara
Municipal de Porto Alegre, posto possuirmos nove Vereadoras.
Solicito ao 1º
Secretário que proceda à leitura das proposições apresentadas à Mesa.
O SR. 1º
SECRETÁRIO (Nereu D’Avila): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Neuza Canabarro fará a leitura de toda a
programação da Semana da Mulher, rica em eventos, que se iniciou, como já
dissemos, hoje de manhã, no café da manhã. A abertura reuniu seguramente
quinhentas mulheres, entre Deputadas e integrantes da Assembléia Legislativa.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, nós
queremos divulgar a programação da Semana da Mulher. (Lê.) “Dia 2 de março” -
nós já realizamos - “às 9h, café da manhã; dia 3, quinta-feira, às 10 h, sessão
de cinema com tema relacionado à mulher, no Teatro Glênio Peres, filme: ‘No
Tempo das Borboletas’; dia 4, sexta-feira, às 15h, no Plenário Ana Terra,
painel ‘Mulher, Trabalho e Família’. ‘Mulher e o Trabalho’, com a Dra. Maria
Madalena Telesca, Juíza da 22a Vara do Trabalho; ‘Mulher, Família e
Patrimônio’, com a advogada Saloá Neme. Dia 6, domingo, às 11h, todas as
Vereadoras estarão com assessoras parlamentares da Câmara no Brique da
Redenção, fazendo distribuição de uma cartilha com os Direitos da Mulher; dia
8, terça-feira, às 15h, Sessão Solene, uma homenagem das Vereadoras, cada uma
fará a indicação de uma mulher de destaque, juntamente com a premiação do
COMDIM; e, às 17h30min, encerramento da Semana com a cerimônia de inclusão das
fotos das ex-Vereadoras Helena Bonumá e Berna Menezes na Galeria Mulheres no
Poder.” Muito obrigada.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR (Art. 151 do
Regimento)
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC. 0725/92 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 041/92, de
autoria do Ver. Nereu D’Avila, que altera as Leis n.os 6.431, de 03
de agosto de 1989, e 6.998, de 10 de janeiro de 1992. Com Emendas n.ºs 01 ,
02 e 03 e Substitutivo n.º 01. (Passagem Escolar)
PROC. 1941/00 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 136/00, de
autoria do Ver. Adeli Sell, que revoga
a Lei nº 5.738, de 7 de janeiro de 1986, e alterações posteriores, que
regula, no Município de Porto Alegre, as atividades dos guardadores e lavadores
autônomos de veículos automotores.
PROC. 0765/02 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 026/02, de
autoria do Ver. Adeli Sell, que proíbe as rinhas de galo e de cães no Município
de Porto Alegre.
PROC.
N.º 5139/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 213/04, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que denomina Beco Casemiro Schmiedel o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Beco Dois - Estrada São Caetano.
PROC.
N.º 5311/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 225/04, de autoria dos
Vereadores Reginaldo Pujol e Isaac Ainhorn, que denomina Rua José Lamaison
Porto um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.
(desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC.
N.º 5682/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 236/04, de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, que denomina Rua São Josemaría Escrivá um
logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim do Salso.
PROC.
N.º 5848/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 240/04, de autoria do Vereador Raul Carrion, que
denomina Terminal Rodoviário Jornalista Barbosa Lima Sobrinho o Terminal
Rodoviário Triângulo, localizado entre as Avenidas Assis Brasil, Baltazar de
Oliveira Garcia e Rua Joaquim Silveira.
PROC.
N.º 3251/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 135/04, de autoria do
Vereador Ervino Besson, que denomina Praça Prof.ª Ângela Locatelli um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Guarujá.
PROC.
N.º 5138/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 212/04, de autoria do
Vereador Haroldo de Souza, que denomina Beco José Imhoff o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Beco Um - Estrada São Caetano.
PROC.
N.º 5280/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 220/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Nei Remedi um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC.
N.º 5294/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 223/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua João Costi um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC.
N.º 5882/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 244/04, de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, que denomina Rua Sargento João de Castro um
logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua D, localizado na região conhecida
como Chácara dos Bombeiros.
PROC.
N.º 0430/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 019/05, de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Senhor Nilton Juarez Albuquerque.
PROC.
N.º 0495/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 027/05, de autoria da Vereadora Manuela, que
dispõe sobre a exigência de reserva de vagas nos contratos firmados entre o
Município e as entidades prestadoras dos serviços de creches, destinada às
jovens mães carentes que estejam estudando.
PROC. 2820/98 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 142/98, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Praça Elízio Lima Quintans um logradouro irregular,
localizado no Loteamento Wenceslau Fontoura.(desarquivado pela Ver.ª Maristela
Meneghetti)
PROC. 2652/00 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 188/00, de
autoria do Ver. Adeli Sell, que autoriza o Executivo Municipal a implantar, nas
creches e escolas da rede pública municipal, o Programa Respire Bem.
PROC. 2571/02 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 013/02, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, que altera dispositivos da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de
1999, e alterações posteriores (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
Ambiental de Porto Alegre).(desarquivado
pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC. 1253/03 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 031/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Praça
Giacomo Domenico Zaffari um logradouro público não-cadastrado, localizado no
Bairro Tristeza.(desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC.
N.º 5279/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 219/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ernani Behs um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC.
N.º 5870/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 249/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Alvaristo Rodrigues o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Rua A 2, localizado na região conhecida como
Chácara dos Bombeiros.
PROC.
N.º 5895/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 247/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua da Libertação um logradouro não-cadastrado,
localizado na região conhecida como Chácara dos Bombeiros.
PROC.
N.º 5883/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 245/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Dona Ani um logradouro não-cadastrado,
localizado na região conhecida como Chácara dos Bombeiros.
PROC.
N.º 5896/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 248/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Dona Valmira um logradouro
não-cadastrado, localizado na região conhecida como Chácara dos Bombeiros.
PROC.
N.º 5969/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 250/04, de autoria dos
Vereadores Dr. Goulart e Reginaldo Pujol, que denomina Rua Dr. Alpheu
Maximiliano Rodrigues de Barcellos, o logradouro público não-cadastrado
localizado no Bairro Vila Nova.
PROC.
N.º 0102/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 001/05, de autoria do
Ver. Raul Carrion, que modifica a Lei Complementar n. 320, de 02 de maio de
1994, e alterações posteriores, que dispõe sobre a denominação de logradouros
públicos, com nova redação ao § 3º do art. 2º e ao art. 4º. proibindo que
logradouros ou equipamentos públicos recebam a denominação de uma mesma pessoa,
data, fato histórico ou geográfico, bem como dar mesma denominação a mais de um
logradouro ou equipamento público, inclusive de categorias diferentes, e
acrescenta ao art. 5º a expressão “croqui, aero o outro”, e ao art. 9º, a
expressão “servidão, espaço e mirante”.
PROC.
N.º 0623/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 031/04, de autoria da
Ver.ª Neuza Canabarro, que institui o Cadastro Permanente de Pessoas Portadoras
de Necessidades Especiais (CAPENE), para fins educacionais.
PROC.
N.º 0697/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 035/04, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Dia da Prevenção à Morte Súbita no Município
de Porto Alegre, a ser realizado, anualmente, no dia 14 de agosto.
PROC.
N.º 0701/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 004/05, de autoria do
Ver. Newton Braga Rosa, que acrescenta art. 32-C à Lei Complementar n. 07, de
07 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os
tributos de competência do Município, dispondo sobre o destaque do valor do
ISSQN nas Notas Fiscais de Serviços.
PROC.
N.º 2973/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 084/04, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que cria o Título Honorífico e o Troféu “José Bertaso”,
que serão concedidos, anualmente, à pessoa física ou jurídica com notória
atuação na defesa e promoção da cultura rio-grandense e dá outras providências.
PROC.
N.º 3836/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 099/04, de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, que concede o Título Honorífico de Líder Comunitária à
Senhora Eloah dos Santos Alves.
PROC.
N.º 0099/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 039/05, de autoria do
Ver. Raul Carrion, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao
Grupo Temático Pedagógico Ponto Z.
PROC.
N.º 0100/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 040/05, de autoria do
Ver. Raul Carrion, que concede o Prêmio Mérito Sindical ao Sindicato dos
Músicos Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul.
PROC.
N.º 0103/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 041/05, de autoria do
Ver. Raul Carrion, que reserva o Salão Glênio Peres, a Avenida Cultural Clébio
Sória, o “T” Cultural Vereadora Tereza Franco, o Saguão do Salão Adel Carvalho,
o Saguão do Plenário Otávio Rocha e o Saguão do Correio da Câmara Municipal de
Porto Alegre, durante a Semana da Consciência Negra, para promoção de
atividades artístico-culturais relacionadas à etnia negra.
PROC.
N.º 0117/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 046/05, de autoria do
Ver. Carlos Comassetto, que concede à Feira Ecológica da José Bonifácio o
Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger.
PROC.
N.º 0119/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 048/05, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que concede Comenda Pedro Weingärtner à Senhora Dilva
Inez Camargo.
PROC.
N.º 0129/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 049/05, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que concede o “Troféu Destaque Mário Quintana” ao Senhor
Milton Ferretti Jung.
PROC.
N.º 0320/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 053/05, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que altera a Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992,
e alterações posteriores, (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre),
dando nova redação ao § 1º e acrescentando §§ 3º, 4º, 5º e 6º ao art. 7º,
estabelecendo que a segunda sessão plenária de cada mês seja realizada nas
sedes de associações comunitárias, clubes ou salões paroquiais, cujo
agendamento será definido pela Mesa.
PROC.
N.º 0672/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 054/05, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui, na Câmara Municipal de Porto Alegre,
o ano comemorativo do centenário do nascimento do Escritor Érico Veríssimo.
PROC.
N.º 0727/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 056/05, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que concede o Prêmio Apito de Ouro ao Árbitro de Futebol
Flávio Fernando Abreu.
PROC.
N.º 5296/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 224/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Antônia Zardin Perondi um logradouro
público cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC.
N.º 5319/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 226/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Jany Pasin um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC.
N.º 5322/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 227/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ido Ernesto Günther um logradouro
público não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC.
N.º 5351/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 228/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Avenida Antônio Garcia da Costa um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Hípica.
PROC.
N.º 5842/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 239/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Jacob Edgar Horn um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC.
N.º 5856/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 242/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua José Fernando da Silva um logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Rua A 1, localizado na região conhecida
como Chácara dos Bombeiros.
PROC. N.º 5865/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 243/04,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Senhor Dario um
logradouro não-cadastrado, localizado na região conhecida como Chácara dos
Bombeiros.
2.ª SESSÃO
PROC. 1121/00 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 005/00, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que institui o Plano de Incentivo à Transferência de Potencial
Construtivo dos imóveis atingidos pelo traçado viário projetado. Com Emenda
n.º 01.
PROC. 2481/00 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 015/00, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que institui Procedimento Simplificado para regularização de
edificações e dá outras providências. Com Emendas n.ºs 01 a 03.
PROC. 1115/01 – PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 004/01, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que altera a redação
dos arts. 26, 27, 28 e os Anexos 1, 4, 5, 6, 7 e 8 da Lei Complementar nº 434,
de 1º de dezembro de 1999 (PDDUA) e dá outras providências. Com Emenda nº
01.
PROC. N.º 1814/01 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 103/01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que dispõe sobre a criação de Shoppings
Populares, através da permissão de uso de local pelo Poder Público Municipal, para a exploração de
atividades econômicas informais. Com Emenda n.º 01.
PROC. 1179/02 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 052/02, de
autoria do Ver. Adeli Sell, que
revoga a Lei nº 6.944, de 26 de novembro de 1991, que isenta do pagamento do
ISSQN as Cooperativas que se enquadrarem nos seus dispositivos.
PROC. 3320/02 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 210/02, de autoria do Ver. Adeli Sell,
que obriga as clínicas e
estabelecimentos similares que realizam bronzeamento artificial a colocarem
avisos em suas dependências, alertando os usuários de que a exposição aos raios
ultravioletas pode causar danos à saúde, inclusive câncer, e dá outras
providências.
PROC. 1566/03 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N.º 046/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que cria, no âmbito do Município de Porto Alegre, creches para idosos. Com Emenda n.º 01.
PROC. N.º 4370/03 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 327/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que implanta o serviço de Ecografia Obstétrica
no SUS do Município.
PROC. 5365/03 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N.º 402/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que cria no
Município de Porto Alegre o Programa SOS Idosos Desaparecidos.
PROC. 5947/03 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N.º 433/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que implanta a
cirurgia plástica de mamas e de abdômen no SUS do Município.
PROC. N.º 2145/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 087/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o
Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Pública do Município de Porto
Alegre (REFAZ) e dá outras providências. (desarquivado pela Ver.ª Maristela
Meneghetti)
PROC.
N.º 5181/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 216/04, de autoria da
Ver.ª Sofia Cavedon, que denomina Rua Everest um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 2686/04 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 080/04, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o
título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Ronaldo Assis
Moreira.
PROC.
N.º 3810/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 095/04, de autoria da
Ver.ª Maristela Maffei, que institui o Prêmio “Jovem Cidadão (ã)” a ser
concedido a jovens que se destacarem pela realização de projetos sociais na
cidade de Porto Alegre.
PROC.
N.º 0124/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 10/05, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui a Semana das Etnias no Município de
Porto Alegre, a ser realizada na primeira semana de maio, para divulgação dos
hábitos, costumes, história e contribuições das diversas etnias formadoras da
sociedade porto-alegrense.
PROC.
N.º 0451/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 20/05, de autoria do
Ver. Nereu D'Ávila, que denomina Rua Hélia Fernandes Presser um logradouro
público cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 0478/05 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 23/05, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que modifica a
redação do § 1.º do art. 3º e inclui o art. 7º-A na Lei n.º 6.998, de 10 de
janeiro de 1992, e alterações posteriores, que estende os benefícios do
instituto da passagem escolar nos serviços de transporte coletivo explorados,
concedidos ou permitidos no Município (Lei n.º 5548/84 e alterações).
PROC. N.º 0599/05 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 29/05, de autoria do Ver. Ervino Besson, que autoriza o
Executivo Municipal a implantar telas de proteção nas bocas-de-lobo da rede de
esgoto.
PROC. N.º 0748/05 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 36/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que denomina
“Marcos Klassman” o conjunto cultural localizado na Rua dos Andradas números
1051 e 1073, no Centro.
PROC. N.º 0126/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 39/04, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o
prêmio jurídico Otávio Francisco Caruso da Rocha ao Advogado Marco Antônio
Birnfeld.
PROC. N.º 5644/04 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 121/04, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o
troféu Honra ao Mérito ao Mestre de Capoeira Jean Batista Cléber Teixeira dos
Santos, Mestre Churrasco.
PROC. N.º 0097/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 037/05, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Dr.
Goulart, que concede o prêmio Quilombo dos Palmares a Sirmar Antunes, na
modalidade atuação na área artístico-cultural; a Maria Faustina dos Santos (Mãe
Maria), na modalidade atuação na área afro-religiosa e a Abdias do Nascimento,
na modalidade atuação política e social.
PROC. N.º 0098/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 038/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que concede o
prêmio de Artes Plásticas Iberê Camargo ao Instituto de Artes da UFRGS.
PROC. N.º 0107/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 042/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que destina Sessão
Solene alusiva à comemoração da Revolução Farroupilha, anualmente, em data a
ser definida pela Mesa Diretora, antecedendo o dia 20 de setembro.
PROC. N.º 0116/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 045/05, de autoria do Ver. Comassetto, que concede o Prêmio
de Ciência e Tecnologia Mário Schernberg ao Senhor Miguel Aloysio Sattler.
PROC. N.º 0173/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 051/05, de autoria dos Vereadores Dr. Goulart e Elias
Vidal, que concede o Prêmio Mário Rigatto ao Dr. Elias Morsch.
PROC. N.º 0715/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 055/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o título
honorífico de Honra ao Mérito Policial ao Major da Brigada Militar Carlos
Armindo Thomé Marques.
PROC.
N.º 0109/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 006/05, de autoria da
Ver.ª Manuela, que acrescenta § 2º ao art. 1º e parágrafo único ao art. 3º da
Lei n.º 5.548, de 28 de dezembro de 1984 e alterações posteriores, que
consolida dispositivos relativos à instituição da Passagem Escolar no Município
de Porto Alegre, assegurando ao beneficiário a sua utilização em qualquer dia,
bem como optar pela aquisição de, no mínimo, vinte e cinco passagens, permitido
mais de uma compra no mês até o limite fixado.
PROC. N.º 0787/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 57/05, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que concede o
Prêmio “Construtor da Paz” ao Senhor Sylas Souza Silveira na categoria pessoa
física.
PROC. N.º 0811/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 58/05, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que concede o
Prêmio Não Às Drogas à Fundação Thiago de Moraes Gonzaga.
PROC. N.º 1213/05 - PROJETO
DE RESOLUÇÃO N.º 67/05, de autoria da Mesa Diretora, que extingue e cria
cargos no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara
Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.
3.ª SESSÃO
PROC. N.º 2189/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 092/04, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que denomina Rua
Wilson Vargas um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro
Espírito Santo.
PROC. N.º 2635/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 114/04, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua
Manuel Zacharias Pacheco um logradouro público não-cadastrado, localizado no
Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 3042/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 128/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua José Pereira da Cunha um logradouro público não-cadastrado, localizado no
Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 3044/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 130/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Giobatta Giuseppe Petracco um logradouro público não-cadastrado, localizado
no Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 3738/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 160/04, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que denomina
Praça Arq. Leo Ferreira da Silva um logradouro público cadastrado, localizado
no Loteamento Nova Ipanema Green.
PROC.
N.º 4036/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 177/04, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Annita Grossi da Silva um logradouro
público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC.
2117/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 098/03, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que estabelece normas para a colocação de roleta nos
ônibus urbanos e dá outras providências. Com Emendas n.ºs 01 e 02.
PROC. N.º 2178/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 091/04, de autoria dos Vereadores Sebastião Melo e Beto
Moesch, que institui o Programa de Proteção aos Animais Domésticos e dá outras
providências.
PROC.
N.º 3811/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 096/04, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila, que institui o Prêmio Leonel Brizola – Ética Política, que
será concedido, anualmente, à pessoa que se destacar em suas atitudes éticas no
exercício da política, e objeto de Resolução, com subscrição de, no mínimo, um
terço dos Vereadores e entregue em Sessão Solene a ser realizada no dia 21 de
junho, no Plenário Otávio Rocha.
PROC.
N.º 4467/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 195/04, de autoria da
Ver.ª Clênia Maranhão, que institui o dia 18 de julho como o Dia Municipal de
Luta contra o Câncer de Mama, que passará a integrar o Calendário de Eventos
Oficiais de Porto Alegre, bem como prevê a participação dos Poderes Executivo e
Legislativo do Município, empresas e as entidades civis em campanhas de prevenção.
PROC.
N.º 4740/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 199/04, de autoria do
Ver. Nereu D’Ávila, que denomina Rua Sergio Stimamilio um logradouro
não-cadastrado, conhecido como Beco Um, localizado próximo do n.º 2605 da
Avenida Edgar Pires de Castro.
PROC.
N.º 4805/04 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 015/04, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila, que viabiliza a regularização de atividades existentes na
Estrada Jorge Pereira Nunes, mediante o ajuste do Modelo Espacial, Anexo 1, da
Lei Complementar n.° 434, de 1° de dezembro de 1999, e alterações posteriores
(PDDUA).
PROC.
3123/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 159/03, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que obriga os estabelecimentos de bingo em Porto Alegre
a destinarem espaço para fumantes. Com Emenda n.º 01.
PROC. N.º 1664/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 070/04, de autoria do Ver. Ervino Besson, que dispõe sobre
a implementação das Terapias Naturais no Município de Porto Alegre e dá outras
providências.
PROC. N.º 1875/04 - PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 007/04, de autoria do Ver. Ervino
Besson, que acrescenta inciso II, renumerando os demais, ao § 1.º do art. 45 da
Lei Complementar n.° 170, de 31 de dezembro de 1987, que revoga a Lei
Complementar n.º 32, de 07/01/77, estabelece normas para instalações
hidrossanitárias e serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento
sanitário prestados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos e dá outras
providências.
PROC. N.º 2102/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 085/04, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que torna
obrigatória a instalação de caixa eletrônico próprio para atendimento a
portadores de deficiência física nas agências e postos de atendimento bancário,
no Município de Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC.
N.º 4119/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 182/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Avenida Altos do Santa Rita um logradouro
público não-cadastrado, localizado no Bairro Hípica.
PROC. N.º 5355/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 229/04, de autoria do Ver. Luiz Braz, que declara de
utilidade pública, nos termos da Lei n.º 2.926, de 12 de julho de 1966, e
alterações posteriores, a Associação Nacional dos Portadores de Psoríase
(PSORISUL).
PROC.
N.º 2406/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 108/03, de autoria do
Ver. Raul Carrion, que determina a obrigatoriedade da colocação de obra de arte
nos prédios urbanos com mais de 1.500m2. Com Substitutivo n.º 02.
PROC. N.º 1841/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 072/04, de autoria do Ver. Beto Moesch, que institui o
Programa de Conservação, Uso Racional e Reaproveitamento das Águas nas
edificações. (desarquivado pela Ver.ª Mônica Leal)
PROC.
N.º 4066/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 179/04, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Samuel Vainstein um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Nova Ipanema Green.
Com Emenda n.º 01.
PROC. N.º 4681/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 197/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Hermes de Souza um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro
Sarandi.
PROC.
N.º 5490/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 230/04, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que institui o programa social Frente de Trabalho Voluntário
nas comunidades do Município, mediante cadastro de famílias carentes que tenham
pelo menos um membro desempregado há mais de seis meses; cria um fundo de
assistência a ser gerido e administrado pelo órgão competente do Município, com
recursos oriundos de parcerias e convênios com a iniciativa privada e outras
verbas públicas destinadas a esse fim.
PROC.
N.º 5661/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 235/04, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que destina espaço na Praça Nossa Senhora de Belém, no Bairro
Belém Velho, para instalação de busto em homenagem ao Senhor Dionísio Rodrigues
Mendes, sem ônus ao Município.
PROC.
N.º 3084/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 157/03, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que dá nova redação ao art. 4.º do texto em vigor da Lei n.º
6.442, de 11 de setembro de 1989 (Dispensa a apresentação de atestado médico
para renovação da carteira de identificação de portadores de deficiência
física, visual ou auditiva irreversível). Com Emenda n.º 01.
PROC.
N.º 3547/04 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 011/04, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que inclui inciso XVIII no art. 162 e altera a redação
do inciso II do art. 164 da Lei Complementar n.º 434, de 1.º de dezembro de
1999, e alterações posteriores, incluindo no Modelo Espacial do PDDUA novos
equipamentos, vias e alargamento viário que envolva demolições de prédios ou
redução dos Recuos para Jardim, bem como retira do gravame do PDDUA os projetos
de prolongamento e alargamento viário das Ruas Anita Garibaldi e Carlos Huber.
PROC.
N.º 4021/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 176/04, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Bernardo Profes um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Nova Ipanema Green.
PROC.
N.º 5849/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 241/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Leonida Carpi um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, meus
senhores e minhas senhoras, estamos no terceiro dia de Pauta desta Legislatura
e já temos 105 Projetos, uma média de 35 Projetos por Sessão Ordinária. Dá a
impressão que o problema, neste País, é a falta de leis, mas não é, não. O
nosso problema é a falta de leis claras, concisas, precisas e a fiscalização do
cumprimento dessas leis. Hoje são 45 os Projetos em Pauta; 24 deles tratam de
denominações de logradouros, o que eu já disse ser muito importante, porque
cada um gosta de ter nome na sua rua; ninguém quer ser desconsiderado morando
na rua A, B, X, Y ou Z.
Mas
já mostrei que havia, aqui, quase 80 Prêmios, e, entre os 45 Projetos de hoje,
mais um Prêmio é proposto. Eu acho que o nosso problema não é falta de Prêmios,
estão sobrando Prêmios; eu acho que, daqui a pouco, vai ser difícil encontrar
quem premiar.
Vou analisar
um Projeto de Lei do ex-Vereador e atual Deputado Reginaldo Pujol. O Ver.
Reginaldo Pujol pediu que fosse desarquivado o seu Processo, e a Líder do PFL,
Verª Maristela Meneghetti, desarquivou-o. Ele está instituindo o Programa de
Recuperação de Créditos da Fazenda Pública do Município de Porto Alegre e dá
outras providências. Na realidade, nós estamos ouvindo, agora, com muita
freqüência, que a Prefeitura não sabe, exatamente, das contas, dos seus
recursos, se os tem ou não, porque aqueles que tinham os dados saíram e os
levaram junto. O Ver. Todeschini não vai dizer-me que é falta de competência
dos que assumiram - eles são competentes -, mas não se pode analisar o que não
existe. Levaram os dados, e não eram servidores do quadro do Município, eram,
sim, Cargos em Comissão.
Eu sempre
entendi que a Prefeitura tinha dinheiro, porque era o que demonstrava o seu
balancete mensal. Aliás, ontem deveria sair o balancete do mês de janeiro e não
saiu; não sei se hoje saiu. De qualquer forma, eu acompanhava, inclusive, as
disponibilidades bancárias da Prefeitura e sempre verifiquei que havia muito dinheiro,
e, de repente, a partir de 30 de setembro - e não tenho os dados de outubro,
novembro e dezembro, mas sei que em dezembro foram 210 milhões de reais de
arrecadação - o dinheiro parece que desapareceu!
O Sr. Carlos
Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, meu caro
Vereador, eu vou-lhe contestar sobre a situação que V. Exª já mencionou, por
algumas vezes, de que os funcionários ou Secretários eram Cargos de Confiança e
que, quando saíram, levaram embora os dados. Isso não é real, porque a grande
maioria dos diretores, dos tomadores de decisão é de profissionais de carreira,
e a situação da Prefeitura - nós falávamos há pouco, em particular com V. Exª
-, é verdade, talvez tenha muitos créditos nominais, mas a maior parte deles é
incobrável, como lhe relatava alguns casos. Então, essa é uma questão muito
relativa, não é bem como se apresenta, não, é diferente. Vossa Excelência tem
experiência e conhece bem a matéria.
Eu fiquei
preocupado, porque tanto o Procurador Rogério Favreto, quanto a atual
Procuradora Mercedes Rodrigues dizem a mesma coisa: há cem mil processos, mais
ou menos, para serem levados à Justiça, ou já estão na Justiça. Então, há uma
necessidade de acertar isso, há uma necessidade de receber esses recursos e
transformá-los em obras, transformá-los em serviços. Eu não vou dizer que esse
Projeto do Ver. Pujol seja o mais correto - ele propõe até 180 prestações -,
mas eu tive o cuidado de mandar cópia dele para a Prefeitura, a fim de que,
através dos seus órgãos técnicos, ela se manifeste e nós possamos ajudar a
resolver um problema que é sério, o problema de fluxo de caixa na Prefeitura.
Talvez com o Refaz, que propõe o ex-Vereador Reginaldo Pujol, nós consigamos
ajudar no desenvolvimento da Cidade, sobre a qual nós temos responsabilidade.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, continua
em Pauta o meu Projeto que dispõe sobre a criação dos shoppings populares
em Porto Alegre. Nós recebemos, com muita satisfação, o Secretário Cecchin
nesta Casa, comunicando as suas atividades, colocando-se à disposição e
convidando a Câmara a participar da sua viagem de estudos a Belo Horizonte,
onde irá examinar as soluções que lá foram encontradas para o mercado informal,
que, no meu entendimento, são realmente os shoppings populares.
Eu, como tenho
esse Projeto, que está aqui na Casa desde 2001, gostaria de colocá-lo à
disposição dos Srs. Vereadores. Estou marcando uma audiência com o Sr.
Secretário Cecchin para levar o meu Projeto, para que ele tome conhecimento.
Quem sabe até a solução não está em Belo Horizonte, e sim aqui em Porto Alegre
mesmo. Esse Projeto está sendo estudado desde 2001 nesta Casa e não há nenhuma
manifestação contrária, somente manifestações elogiosas.
Quero dizer
que o mercado informal é um problema sério da nossa Cidade, é um problema
social que merece um estudo aprofundado e adequado dos administradores públicos
e dos Srs. Vereadores. Fica, então, o meu oferecimento, para que estudem o meu
Projeto também.
Gostaria
de elogiar o Projeto do Ver. Raul Carrion que modifica a Lei Complementar nº
320, de 2 de maio de 1994, que proíbe que os logradouros e os equipamentos
públicos recebam a denominação de uma mesma pessoa, data, fato histórico ou
geográfico, bem como dar a mesma denominação a mais de um logradouro ou
equipamento público. Ele também cria mais três tipos de logradouros públicos,
que são a servidão, o espaço e o mirante. É importante, Ver. Raul Carrion, que
essas legislações sejam cada vez mais aprofundadas, porque a Cidade vai crescendo,
vai-se desenvolvendo, e as nossas leis também têm de evoluir. Eu tenho a
certeza de que a sua lei é uma evolução, e isso é muito bom.
Também
gostaria de comentar sobre o Projeto que foi desarquivado, de autoria do Ver.
Nereu D’Avila, sobre a passagem escolar. Realmente, os estudantes precisam de
uma maior clareza sobre a passagem escolar, já que ela virá integrada, em
breve, aqui na nossa Capital. O Projeto do Ver. Nereu D’Avila incluiu, além dos
alunos, os professores e os funcionários dos estabelecimentos de ensino, o que
é uma reivindicação muito antiga da sociedade.
Desejaria
parabenizar os moradores da Chácara dos Bombeiros, que estão regularizando as
suas ruas com denominação oficial devidamente legalizada, o que as torna aptas
a constarem com seus endereços, códigos de endereçamento e, especialmente, a
receber os serviços públicos municipais. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados colegas Vereadores e
Vereadoras desta Casa, prezado público que nos assiste no debate sobre os
Projetos aqui apresentados - Projetos de Lei e de Resolução. Temos em Pauta
dois Projetos de Resolução que dizem respeito a premiações.
Quero fazer
aqui uma ressalva sobre esses Projetos de Resolução: eles vêm no sentido de
qualificar e construir as políticas de desenvolvimento sustentável de Porto
Alegre. Refiro-me a alguns outros Projetos apresentados, entre eles o Projeto
do Ver. Bernardino, criando a Semana das Etnias, que é uma iniciativa louvável
para discussão e qualificação da Cidade.
Ao mesmo
tempo, quero trazer aqui e aprofundar a discussão a respeito do Projeto de Lei
Complementar de autoria do Ver. João Dib, que traz à discussão, novamente, o
Plano Diretor, criando a Zona Urbana e a Zona Rural. Uma das Resoluções que
apresentamos este ano foi o Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger a ser
oferecido à Feira Ecológica da José Bonifácio. Por que à Feira Ecológica da
José Bonifácio? O que tem isso a ver com a discussão do Plano Diretor e com
essa relação da Cidade urbana e da Zona Rural? Essa atividade da Feira
Ecológica referencia um potencial de desenvolvimento econômico, social, cultural
e tecnológico, em que Porto Alegre foi pioneira. Lá nos anos de 1990, 1991,
esse Projeto foi colocado em pauta junto com as entidades - entre elas, a
Cooperativa Colméia, a Cooperativa Arco-Íris, a Associação de Produtores de Ipê
Antônio Prado -, constituiu-se e hoje é uma referência municipal, estadual e
nacional. E potencializa a produção primária em Porto Alegre, já qualificada ao
Protocolo de Kyoto, que entrou em vigência no mês de fevereiro.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Carlos
Comassetto, eu dizia, há poucos minutos, na tribuna, que lei deve ser clara,
precisa, concisa e respeitada. A Lei Orgânica do Município, que é a
Constituição do Município, diz que nós temos de ter Zona Rural. Não foi mudada
a lei, e a criação da Zona Rururbana trouxe alguns problemas para Prefeitura
Municipal e para Cidade também.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Muito obrigado pela contribuição.
Mas o que está
em discussão, na realidade, é um conceito, e, nesse caso de Porto Alegre, um
conceito inovador que cria um novo espaço, chamado de rururbano. E aqui quero
trazer um problema que realmente estava acontecendo e que continua. A Companhia
Estadual de Energia Elétrica retirou os subsídios da energia elétrica de todos
os pequenos produtores de Porto Alegre, alegando não estarem em Zona Rural; não
só de Porto Alegre, como de todo o Rio Grande do Sul!
Quero
anunciar, neste plenário, Ver. Besson, o trabalho que fizemos em uma ação
conjunta com o Governo Federal. O Governo Lula já assinou um Decreto que diz
que essa ação não é mais pela relação territorial, e sim pela atividade.
Portanto, precisamos divulgar isso não só para Porto Alegre, mas para todo o
Rio Grande do Sul. E isso foi provocado graças à discussão do modelo espacial do
Plano Diretor de Porto Alegre, que criou essa figura do espaço rururbano, que
reconheceu a atividade de produção primária, que reconheceu a atividade do
turismo rural, que reconheceu a atividade ambiental, também relacionada a uma
atividade do desenvolvimento das cidades. Cidade, hoje, não é só espaços
urbanos, cidade, hoje, é conseguirmos entender e trabalhar a lógica da relação
campo/cidade e as relações dos seus potenciais ambientais, culturais,
econômicos e sociais. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores e todos que nos
assistem no dia de hoje. O primeiro Projeto a respeito do qual eu queria fazer
uma rápida referência - o Ver. Nedel já comentou sobre ele - é um Projeto de
nossa autoria que modifica a atual legislação sobre a denominação de
logradouros públicos e equipamentos públicos em Porto Alegre, em que hoje nós temos
uma limitação. Ver. Bernardino, se uma sala, por exemplo, na Usina do
Gasômetro, tiver uma determinada denominação, ficamos impedidos de usar essa
denominação numa rua! Ou seja, a nossa Emenda é no sentido de que os
logradouros e os equipamentos só possam ter uma denominação.
Surgiu até uma
situação - e eu comentava com a Verª Margarete Moraes - em que a Vereadora
denominou uma sala na Usina do Gasômetro de “Vasco Prado”, e nós tínhamos um
esplanada a denominar com o mesmo nome. Criou-se, então, a impossibilidade, por
uma interpretação que eu até acho falha. Nós tivemos, então, que resolver a
situação denominando o logradouro - esse foi um Projeto em conjunto, meu e da
Vereadora - de “Esplanada Vitória de Vasco Prado”; local onde deverá ser
colocado, se for possível, por meio da Lei Rouanet e outros meios, um grande
monumento, doado a Porto Alegre por esse escultor, monumento intitulado “A
Vitória”. Essa é a primeira modificação.
Segunda
modificação: hoje nós não temos previsão para mirante, não temos previsão para
outros tipos de logradouros, então acrescemos isso. E a terceira modificação
diz respeito à questão de como instruir o Processo. No caso dessa Explanada,
não era “croqui”, teve que ser um “aero”, que é um mapa baseado num
levantamento aerofotogramétrico. Com isso, estamos corrigindo essa lei.
O Sr. Adeli
Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Solidarizo-me com a
proposição de mudança, porque uma coisa é um espaço, um próprio, uma sala, e
outra coisa é um logradouro. Tem a nossa solidariedade. Acho que é necessário,
até porque algumas pessoas, pela sua importância, merecem essas denominações.
O SR. RAUL
CARRION: Agradecemos o seu apoio e, temos certeza, o apoio dos demais Vereadores,
porque há lógica. Até a própria lei atual poderia ser interpretada de uma forma
mais ampla, mas há o risco de uma interpretação restritiva.
O segundo
Projeto do qual queremos tratar, é o que denomina o Terminal Rodoviário
Triângulo como Terminal Rodoviário Jornalista Barbosa Lima Sobrinho. Esse grande
advogado, jornalista, escritor, acadêmico, historiador, professor, político,
que faleceu aos 103 anos de idade, ele foi um dos maiores nacionalistas deste
País. Um pouco antes de falecer, ele disse: “A convicção fundamental que guiou
a minha vida é o nacionalismo. O Brasil não deve se dobrar a potências
estrangeiras. Enquanto eu tiver capacidade para escrever, essa será a minha
luta”.
Barbosa Lima
Sobrinho, para se ter uma idéia, foi o candidato à Vice-Presidência da
anticandidatura de Ulysses Guimarães, foi um homem decisivo na campanha pela
Anistia, foi o primeiro signatário do pedido de impeachment ao então
Presidente Collor. Foi Deputado Federal, foi escritor, foi presidente, diversas
vezes, da ABI (de 1926 a 1929, de 1978 a 1980, de 1990 a 1992). Em suma, foi
uma pessoa que dedicou a sua vida ao Brasil, à luta do povo brasileiro.
Tenho certeza
de que o Ver. Ibsen Pinheiro, ex-Presidente da Câmara Federal, será um dos
principais defensores de tão justa denominação para o Terminal Triângulo:
Terminal Barbosa Lima Sobrinho.
Queria, ainda,
referir-me ao Troféu Honra ao Mérito; é a sua última Pauta, e é importante
registrar que estamos concedendo essa homenagem a Mestre “Churrasco”, mestre da
capoeira, talvez o mais antigo mestre de Porto Alegre; seu nome é Jean Batista
Cleber Teixeira dos Santos, nascido em Porto Alegre em 1º de janeiro de 1956.
Ele criou o primeiro grupo de capoeira no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre: o
Grupo Zumbi dos Palmares; um homem que, pelo seu trabalho social junto às
comunidades, feito por meio da capoeira, enfrentando precariedades, recebeu o
Título de “Amigo da Cidade”. Portanto, nós queremos, através do Troféu Honra ao
Mérito, homenagear esse gaúcho, humilde, trabalhador, que está todos os
domingos no Brique da Redenção, vendendo o seu artesanato de berimbaus,
defendendo a cultura negra, a cultura popular do nosso Brasil. Muito obrigado.
(Revisado pelo orador.)
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu
desarquivei vários Projetos de Lei de minha autoria, que estarão entrando na
Pauta hoje e nos dias seguintes. Um deles é antigo, e eu gostaria de debatê-lo
aqui, porque, no final do ano passado, houve um episódio que envolveu o
publicitário Duda Mendonça, o que ensejou que algumas pessoas, inclusive nesta
Casa, fizessem forte disputa político-partidária. Eu não sei ainda o resultado
do processo do Duda Mendonça; sei que houve julgamento ontem. Ele foi preso
junto com um Vereador, no Rio de Janeiro, participando de uma rinha de galo.
Eu já
expliquei outro dia, aqui, que sou favorável a jogos, mas não confundam jogos
com esse tipo de procedimento que são as rinhas de galo. Nós já tivemos grandes
avanços aqui nesta Casa, o Ver. Beto Moesch e eu trabalhamos durante um longo
período para aprovar o Projeto que coíbe a apresentação de animais em circos.
Recentemente, nós fizemos outros debates; segunda-feira o Ver. Sebenelo
conduziu uma reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Posteriormente à
reunião, em várias conversas, discutimos a questão dos rodeios e a diferença
que há entre o rodeio que é realizado aqui nos fundos da Câmara e aquelas
barbaridades que se fazem em São Paulo, na cidade de Barretos - são coisas
completamente diferentes -, em que maltratam os animais de uma forma
impressionante.
Nós estamos
voltando ao debate sobre as rinhas de galo, sobre rinhas de cães e sabemos que
há aqui, em Porto Alegre, um rinhadeiro famoso, sabemos sua localização. Nesse
espaço, inclusive, esteve, pelo que soubemos, o Duda Mendonça, num evento, num
jogo. Sabemos também de rinhadeiros, inclusive de cães, que existem no Vale dos
Sinos. Sabemos de gente que posa na sociedade como cidadão acima de qualquer
suspeita mas participa ativamente desse barbarismo. Quem já viu fotos de rinhas
de cães sabe o que isso significa. E, portanto, nós estamos trazendo à tona
este debate. Não é uma coisa de menor importância.
Eu me
preocupo, sim, com meninos e meninas de rua. Eu me preocupo, sim, com inclusão
social. Eu batalho para que haja geração de renda e trabalho para o conjunto da
população. Hoje tenho o prazer de presidir nesta Casa a Comissão de Educação,
Cultura e Esporte, trabalho, nessa Comissão, com os colegas Verª Neuza Canabarro,
Verª Sofia Cavedon, Verª Manuela, Ver. Haroldo de Souza, mas esse tema que
trata dos animais me fará subir a esta tribuna muitas vezes. Esse meu Projeto
quer acabar com as rinhas de galos e de cães. Quero continuar colaborando,
debatendo com o meu colega Sebastião Melo sobre a questão das carroças e seu
Projeto, que tem uma proposição, um planejamento para que nós, paulatinamente,
possamos tirar as carroças das ruas de Porto Alegre, porque não se trata apenas
de um problema de trânsito, não se trata apenas de um problema de segurança com
relação à população, é um problema também de maus-tratos permanentes com os
animais. Portanto, o bem-estar animal, Verª Mônica Leal, será uma das nossas
constantes preocupações - eu sei que V. Exª também se preocupa com isso.
As carroças,
os cavalos maltratados; animais que são presos em casas e apartamentos e que
passam fome; pessoas levam os seus animais para a rua e não os cuidam
devidamente, animais que, inclusive, precisam usar coleira, e muitas vezes essa
não é utilizada. E, agora, eu quero buscar o apoio das Sras. Vereadoras e dos
Srs. Vereadores para que aprovemos, finalmente, neste ano, nesta Casa do Povo,
a proibição das rinhas de galos e de cães na cidade de Porto Alegre. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos registrar a presença do Ver. Éderson
Machado, do Partido dos Trabalhadores, Vice-Presidente da Câmara Municipal de
Viamão. Sinta-se como se estivesse na Câmara Municipal de Viamão.
O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, hoje ainda repercute o resultado de
três reuniões da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Mas, especialmente na senda
do discurso do Ver. Adeli Sell, nós demos publicidade a uma das finalidades
importantes do encontro, que contou com o comparecimento de quatro Secretários
e do mesmo número de Vereadores e principalmente de um grande número de
organizações não-governamentais, quanto ao bem-estar dos animais.
Nós temos, em
Porto Alegre, o registro de dados estatísticos assustadores quanto ao
extermínio de animais, de dados constrangedores quanto à esterilização dos
animais. E ligamos esse cuidado aos animais às questões da saúde, pois há
moléstias transmitidas pelos animais, como a toxoplasmose pelo gato, a
leptospirose pelo rato e a raiva canina. Nós nos apercebemos da importância que
é o cuidado com os animais, especialmente a respeito de dois aspectos
fundamentais: o social e o bem-estar do animal no uso de carroças na cidade de
Porto Alegre. Estão envolvidas diversas Secretarias nesse esforço, e é programa
do Governo José Fogaça o aperfeiçoamento do processo de esterilização em massa
de animais, o cuidado com esses animais e o menor sacrifício possível dos
animais de rua. Além disso, a função social da carroça, há muito tempo, deveria
ter sido substituída através de uma idéia desenvolvimentista, ou seja, empregos
em que o ser humano não se confundisse com o lixo, em que as nossas crianças
não se confundissem com o lixo e que os nossos animais não se confundissem com
o lixo. Só o desenvolvimento industrial e comercial poderia suprir essas
necessidades de emprego, mas aí a seleção do lixo passa a ser também o resgate
do desemprego, do subemprego e, principalmente, do baixo salário. E nós temos
que nos render ao trabalho das pessoas com carroças na Cidade, que aos poucos
deverá ser substituído por alguma coisa mais moderna e muito menos deletéria
aos nossos animais especialmente, porque os animais são espancados,
mal-alimentados, mal-nutridos, adinâmicos, com muito pouca força, tendo que
fazer um esforço imenso para carregar o peso. Isso é, no mínimo, alguma coisa
de sádico da espécie humana, que faz com que seus animais sejam espancados,
sejam submetidos a sofrimento.
Acertamos com
o Secretário da SMIC que vai ser proibida a venda de venenos para execução de
animais, venenos que tornam torturantes, durante muitos dias, o fim e a agonia
desses animais, em vez de uma situação, no caso, de sacrifício, eles ficam
penando dois, três, quatro dias de sofrimento intenso. E isso é proibido
formalmente por lei.
O Secretário
Wilton Araújo ficou comprometido com a questão do lixo e das carroças, e as
questões do controle da zoonoses vão ficar também sob a fiscalização dessa
Comissão; nós não aceitamos mais a ausência de veterinários, de técnicas e,
inclusive, de material cirúrgico, que não existe. As verbas já existem, já
estão destinadas, já estão rubricadas, mas ainda não foram liberadas. Nós
precisamos imediatamente disso para a contratação de estagiários, de
veterinários e para a execução dessa cirurgia que resolve esse problema na
origem, porque são preventivas, isto é, previne inclusive a explosão
demográfica desses animais.
Por
isso, nós achamos que foi, talvez, um dos pontos altos das reuniões o Fórum de
Bem-Estar dos Animais, que já existe há quatro anos, está sendo desenvolvido, e
arranjaremos um número para o telefone disque-denúncia, uma lei do Ver. Beto
Moesch, assim terão com quem conversar, com a participação do Batalhão
Ambiental da Brigada Militar.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DR.
GOULART: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, é a primeira vez que me manifesto desde o início deste mandato e
quero aqui agradecer o belo trabalho que fez, nos poucos dias que me
substituiu, quando me encontrava em Licença de Saúde, o Ver. DJ Cássia Gomes,
homem dotado de um carisma muito intenso, de uma vontade de trabalhar muito
grande. Até fiquei triste - eu, que tenho o mandato - de ter de assumir e ver
que ele precisa ficar de fora, uma pessoa que poderia fazer um trabalho
maravilhoso como Vereador, como provou aqui entre nós.
Mas, meus
queridos, sempre que inicio, o meu trabalho se volta para a Saúde, que é a
obrigação que tenho: a obrigação de fiscalizar, como Vereador, as coisas que
estão acontecendo; como médico, entristeço-me com as coisas que estão
acontecendo. E mais, fico mais triste ainda por ser médico do Poder Público,
médico do SUS, médico que tem que tratar das pessoas que não têm recursos para
pagar uma consulta, uma internação, uma cirurgia ou mesmo um plano miserável de
saúde que seja!
Pois, pasmem,
um bilhão de reais por ano é investido na Saúde Pública de Porto Alegre; um
bilhão nada, é mais do que um bilhão, são 300 a 400 mil, fundo a fundo; 350
milhões para o Grupo Hospitalar Conceição, porque o Conceição também é saúde de
Porto Alegre; 320 a 350 mil para o Hospital de Clínicas, que atende a saúde de
Porto Alegre. Só aí já é um bilhão de reais! E os programas de Saúde da
Família, de hipertensão e de diabete?
Então, eu fico
perplexo que adentremos no terceiro mês sem um grande impacto na Saúde. Nós
precisamos de um grande impacto na Saúde! Nós precisamos resolver o problema
dessa perversa, dessa malvada Central de Marcações, que jamais marca uma
consulta no tempo necessário. E sabem por que a Central de Marcações não marca?
Não é só porque há umas meninas do 2º e 3º ano primário de uma cooperativa
terceirizada fazendo a marcação, é porque eles não têm como resolver, porque os
serviços médicos, de qualquer ideologia, insistem em não comprar cirurgia de
otorrino, em não comprar cirurgia vascular, em não comprar cirurgia
traumatológica. Insistem nisso!
E não vai ser
porque nós apoiamos o novo Executivo que vamos ficar quietos frente ao que está
acontecendo. Ficamos quietos por quase três meses, mas agora temos de começar a
nos preocupar com isso. E os Vereadores têm de se preocupar com isso! E nós
temos de nos reunir aqui, fazer uma frente parlamentar de saúde, porque talvez,
agora, tenhamos mais diálogo com este novo Governo; uma frente parlamentar de
saúde municipal, porque, em Saúde, o mais importante é o Município, já que foi
tudo descentralizado. Precisamos, com gente de qualquer ideologia, salvar as
nossas pessoas, tanto quanto os animaizinhos chorados e pranteados por V. Exª,
Ver. Claudio Sebenelo, que estão nas filas precisando de um atendimento. E nós
não podemos ficar quietos, nós não podemos, a despeito de termos feito um
trabalho para eleger o novo Governo, ficar aceitando que continue do mesmo
jeito a Saúde de Porto Alegre!
Eu pensei que,
nos primeiros momentos, fôssemos ter algum avanço. Olhem, eu que reclamei
quatro anos, aqui, da gestão passada, quero que esta seja a primeira e a última
reclamação da Saúde. Acabemos com a Central de Marcações perversa, malvada!
Chamem-nos, passemos em vigília, Vereadores e Executivo, a madrugada inteira
para podermos resolver esse problema! Tem de ser de outra maneira! Não dá mais
para as pessoas ficarem esperando! E eu tinha muita esperança que isso pudesse
acontecer! Amanhã, eu volto ao assunto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, queremos, primeiramente, saudar a presença do Sr. Aristides, que
está aqui conosco, uma das pessoas que mais conhece sobre o serviço de
cerimonial no Rio Grande do Sul. (Palmas.)
Eu ocupo o meu
espaço de Liderança, hoje, para falar do Governo Rigotto, fazendo um
agradecimento a ele. Este Vereador, quando o Governador Rigotto assumiu, falou
com o Giacomini, que foi designado pelo Rigotto para ser o Presidente da
Fundergs. Lembro que, na primeira conversa, ele disse que queria fazer um hotel
no Centro Estadual de Treinamento Esportivo. Conversamos com ele e lhe
dissemos: “Se tu conseguires recuperar um dos ginásios, o Governador Rigotto,
no segmento do esporte, já conseguiu alguma coisa.”
E,
hoje, às 19 horas, estará sendo reinaugurado o Ginásio de Esportes do Centro
Estadual de Treinamento Esportivo - e eu vejo o Ver. Nereu, que é do bairro,
também, e conhece o Centro muito bem -, que teve, numa determinada época, mais
de 4.500 alunos. Eu tive a oportunidade de trabalhar lá desde o ano de 1975 até
o ano em que fui eleito para Vereador, em 1996, tive a felicidade de ter sido o
Diretor do CETE durante muitos anos, de ter sido o fundador, o Presidente do
CETE. Então, eu quero dizer que aquele Ginásio de Esportes, que será inaugurado
hoje - um ginásio de handebol, voleibol e basquetebol - será um novo ânimo não
só para a comunidade do Menino Deus, porque o Centro Estadual de Treinamento
Esportivo sempre foi uma referência-modelo para o Rio Grande do Sul. Inúmeros
atletas saíram daquele lugar, sendo dois atletas de alto nível, a Daiane dos
Santos, que compete pelo clube Grêmio Náutico União, mas é oriunda do Centro
Estadual de Treinamento Esportivo; tivemos no CETE um campeão olímpico em 1992,
o Paulão, do voleibol, e aquele local se constituiu num ambiente de esporte e
de família. Lá, volto a dizer, passei 22 anos agradáveis, de segunda-feira a
segunda-feira, porque nos fins de semana havia atividades esportivas de forma
sistemática, e isso mostra que esse resgate é muito bom; muito bom para o
esporte de Porto Alegre, para o esporte do Rio Grande do Sul.
Também queria
saudar a iniciativa dos dois nomes que foram propostos: Kalunga e Aldo Potrich.
Kalunga, sem sombra de dúvida, um dos maiores jogadores de basquete do Rio
Grande do Sul, negro, que durante muitos anos pôde mostrar a sua competência,
então, é daquelas grandes figuras. Recentemente falei com seu irmão,
Kalunguinha, e nós revivíamos o que era Kalunga para o basquete há alguns anos.
O outro nome indicado é o Professor Aldo Potrich, que durante muitos anos foi
professor no CETE, trabalhou toda sua vida dedicando-se aos excepcionais, foi
diretor da Escola Nazareth, trabalhou como técnico de cadeirantes, inclusive
foi campeão brasileiro, e faleceu em 1996. Então, dos dois nomes, aquele que
for escolhido acho que está bem posto, porque foram duas personalidades do
desporto do Rio Grande do Sul. A questão do Professor Aldo tem uma vinculação
mais direta com o CETE, e o Kalunga, ligado ao basquete, ao ginásio de
basquetebol.
Então,
Presidente, novamente queríamos parabenizar o Governo Rigotto, e o nosso
Partido é de oposição ao Governo Rigotto, mas aquelas iniciativas que são
feitas para o bem da comunidade terão sempre deste Vereador o apoio. Então,
queremos, mais uma vez, parabenizar e dizer que, a partir de hoje, o Rio Grande
do Sul ganha um novo local para a prática do desporto. Esperamos que voltem os
atletas e os técnicos que o CETE sempre teve, que foram do mais alto nível,
vários deles como técnicos de seleção brasileira. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores e Vereadoras,
todos que nos assistem, em primeiro lugar nós queríamos referir, nesta tarde, a
importante reunião da Comissão de Urbanismo, Transporte e Habitação, que temos
a honra de presidir, realizada no dia de ontem. Tratamos do candente e
momentoso problema do reajuste da tarifa de ônibus em Porto Alegre. Nessa
reunião estavam presentes todos os membros da nossa Comissão - nosso
Vice-Presidente, Elias Vidal; Ver. Comassetto, Ver. Mário Fraga, Ver. Ismael,
Ver. Brasinha -, assim como diversos outros Vereadores da Casa: Ver. Adeli
Sell, Presidente da CECE; Ver. Luiz Braz, Verª Maristela Meneghetti, Verª
Maristela Maffei, Verª Clênia Maranhão. Também estavam presentes empresários da
ATP, da ATL, a representação do COMTU, representações sociais do movimento
popular e comunitário, representações do movimento estudantil, ambulantes. Em
suma, estavam representados a sociedade, os empresários e o Poder Público.
Todos nós
sabemos que há um pedido de tramitação no Município de aumento do valor da
passagem de ônibus de R$ 1,55, valor atual, para R$ 1,81, o que significa um
aumento de 16,77%. Na discussão foram situadas as preocupações da sociedade, as
preocupações e razões dos empresários, com as quais a Comissão evidentemente
irá trabalhar. Existe também a sugestão do Ver. Adeli de dar continuidade a
essa discussão. O problema do crescente preço das tarifas do transporte
público, por ônibus, não é só de Porto Alegre, é um problema, Ver. Elói, de
todo o Brasil: decorre de processos como o do próprio diesel, que era
subsidiado e deixou de sê-lo há muitos anos; decorre de uma queda crescente do
índice de passageiros por quilômetro, de utilização do transporte. Nós estamos
vivendo um círculo vicioso negativo, em que aumenta o preço da passagem e
diminui a utilização do sistema, com isso há um acréscimo do valor da passagem
e entramos numa situação que pode levar à inviabilização de um sistema de
qualidade a um preço acessível.
Por isso,
estamos tratando de fazer uma discussão mais ampla. Existe a proposta de um
seminário que a Comissão possa vir a realizar, vamos debater na própria
Comissão. E nós, pessoalmente, expressamos a opinião de que, independente do
cálculo da Prefeitura, que nós não conhecemos, o aumento da passagem não deve
superar a inflação. É preciso, hoje, um sacrifício de todos os setores para que
possamos reverter o quadro.
E aí se coloca
a questão, inclusive, da integração tarifária, a necessidade de que essa
bandeira, que já vem do Governo anterior, com a qual o novo Governo se
comprometeu, seja implantada em Porto Alegre. Com a bilhetagem eletrônica e a
integração tarifária - e estamos resguardados, Ver. Elói, da diminuição de
empregos em face de um Projeto de Lei de sua iniciativa que coloca que o
cobrador deve permanecer independente da bilhetagem eletrônica, e há todo o
apoio da Casa nesse sentido -, nós temos que conseguir uma diminuição dos
custos do transporte, porque aí o vale-transporte fantasma some, o roubo do
vale-transporte deixa de se viabilizar. A possibilidade de menos ônibus
chegarem ao centro da Cidade melhora o trânsito, mas também diminui o custo, em
suma, o controle do IPK torna-se mais rígido, aliado a outras medidas que
estamos encaminhando ao Conselho das Cidades.
Outra questão
que nós queremos tratar no dia de hoje é no sentido de convidar não só os
Vereadores da Comissão, mas os demais Vereadores para uma reunião
extraordinária da CUTHAB que ocorrerá na próxima sexta-feira, às 10h30min, para
tratar da ocupação Anita Garibaldi na Av. Eduardo Prado, nº 1.220. A área está
ocupada desde 2003 por cerca de cinqüenta famílias. Há uma ordem de despejo e
um risco muito sério de ocorrer um conflito de proporções, e nós pretendemos,
através dessa negociação na Comissão, encontrar uma saída. Estão convidados o
Poder Público Municipal, o Estadual, o Federal, a comunidade e os
proprietários. Nós esperamos poder fazer o encaminhamento.
Por fim,
queríamos também trazer a esta Casa a informação de que já está convocada a 2ª
Conferência Nacional das Cidades para os dias 23 a 26 de novembro deste ano em
Brasília, que tem como centro a discussão de uma política nacional de
desenvolvimento urbano. Para a 1ª Conferência Nacional, realizaram-se
conferências estaduais em praticamente todos os Estados, mais de três mil
Municípios; participaram do processo 350 mil pessoas. Neste ano, o evento
deverá ser maior ainda.
Nós temos a
honra de ter sido o único Vereador do Estado a ser indicado como membro do
Conselho das Cidades, lá temos participado de todas as reuniões, sem exceção;
as próximas reuniões serão nos dias 17, 18 e 19 deste mês. Protocolamos, no dia
de hoje, na Casa, um Pedido de Representação para podermos viajar representando
não só esta Casa, mas os Vereadores do Rio Grande do Sul, para a organização da
2ª Conferência Nacional, nas discussões sobre transporte, moradia, meio
ambiente e saneamento que lá se darão.
Agradecemos
a oportunidade de trazer estas informações aos Srs. Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, nós tivemos, no dia de ontem - e esteve nos
representando o Vice-Líder da nossa Bancada, Ver. Carlos Todeschini -, a posse
do Presidente socialista, Tabaré Vázquez, no Uruguai, país que faz parte da
nossa América Latina, o que nos orgulha muito, porque está muito clara para nós
uma articulação fundamental no que diz respeito a concepções de possibilidades
diferenciadas do que está posto no universo com a hegemonia encabeçada pelo
“destruidor da humanidade”, que é o Presidente dos Estados Unidos, George Bush.
E existem alguns pressupostos fundamentais, como o fortalecimento do Mercosul e
o enfrentamento da pobreza, que são questões básicas para a humanidade. É claro
que deixarei as considerações prioritárias para o representante, parceiro,
companheiro da Bancada, que vai fazer uso do seu tempo legal para discorrer sobre
esses aspectos daqui a pouco. Mas essa articulação internacional, que faz um
contraponto à grande hegemonia internacional, foi, para nós, um momento de
intensa glória, de intensa articulação internacional nesse sentido.
Também quero
aqui trazer mais dois pontos: um deles, eu faço questão de frisar
cotidianamente, é com relação à falta de remédios, Ver. Ervino Besson, que nós
estamos enfrentando na Farmácia dirigida pelo Governo do Estado, pela
Secretaria Estadual de Saúde. E não ressalto isso apenas como uma questão
pessoal, mas em nome, com certeza, daquilo que nos faz trazer, diariamente,
essa denúncia do pavor, do que está acontecendo com a nossa população, que
cotidianamente tem ido para as filas e não tem conseguido ter a sua saúde
garantida, o seu remédio, e deveria ser - e é - obrigação do Estado suprir essa
demanda.
Então, nós
queremos apelar, novamente, para que todas as vozes, aqui, independente da
questão ideológica, se valham desta tribuna para fazer eco na sociedade.
Porque, quando nós estávamos no Governo do Estado, quando havia qualquer
problema, era problema de gerenciamento. Há quanto tempo estamos com o
Governador Rigotto gerenciando o Estado do Rio Grande do Sul? Então, é uma
questão de incompetência, Sr. Governador? Qual é o problema? É um apelo que a
população deste Estado faz, porque está padecendo sem ter a assistência devida
para se manter viva. Por isso, nós nos somamos a essas dores, já que estamos
passando por um momento muito trágico.
Um outro
aspecto - dirijo-me fraternalmente à Verª Mônica Leal - diz respeito a um
Projeto já aprovado que não é de minha autoria, mas faz referência à região
onde eu moro, e, para mim, é uma questão muito mais do que a região onde eu
moro, é uma questão conceitual. O Projeto é de autoria do Ver. Ervino Besson,
por solicitação da comunidade, e há um pedido do Coronel Pedro Américo Leal,
que era anteriormente Vereador desta Casa, através da sua representação no PPB,
à Verª Mônica Leal, para que ele seja revogado.
Quero fazer um
apelo a esta Casa, não no sentido da proposição, porque acho que o
encaminhamento é da responsabilidade de cada um. Agora, nós vivemos aqui vinte
anos sob o obscurantismo, nós vivemos vinte anos sob uma guerra em que a
maioria das pessoas eram mortas e torturadas em cárceres, se secássemos hoje o
lago Guaíba, ainda encontraríamos grande número de ossadas. Nós vivemos, aqui,
um momento de guerra, assim como no Araguaia, em que era um momento de guerra.
Essa pessoa, sob aquela legislação, foi condenada, pagou - entre aspas - por isso,
e hoje está sendo negado o encaminhamento daquela comunidade por alguém que se
faz representante. Esta Casa não pode, sob aspecto nenhum, do meu ponto de
vista, cair nessa armadilha, pela questão da soberania, em nome da história, em
nome do que passamos neste País sob a ditadura militar...que não se revogue,
Ver. Ervino Besson. Eu apelo a Vossa Excelência. Vossa Excelência tem origem
nesse Partido, o PDT, que fez toda uma resistência contra a ditadura militar e
que, se não tem clareza da forma como aconteceram as coisas... Porque nós
sabemos como cada morte foi lavrada. Nós sabemos também o que acontecia, na
prática, quando duas pessoas andavam juntas. Pense com carinho, Ver. Ervino
Besson, pense com carinho! É muito maior do que uma comunidade; é uma questão
de olhar o que nós passamos neste País. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus
senhores e minhas senhoras, em absoluto eu diria que esse é um assunto
agradável de ser tratado. Não, não é. Mas a Câmara tem alguns precedentes. Eu
lembraria que esta Câmara concedeu Título de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Stédile,
do MST, e, poucos dias após, a Câmara voltou atrás e retirou o Título que havia
concedido por maioria. Quando o Ver. Ervino Besson apresentou o Projeto de Lei
fazendo a denominação do logradouro como Diógenes Sobrosa de Souza, a pedido do
irmão desse senhor que foi homenageado, não houve preocupação do Legislativo
de, pelo menos, ler a Exposição de Motivos ou conhecer um pouco mais daquilo
que se propunha para prestar uma homenagem. O Sr. Diógenes Sobrosa de Souza
teve o seu nome aprovado por todos os Srs. Vereadores, inclusive por este
Vereador. Mas, após a aprovação, começaram a chegar as reclamações aos
gabinetes de muitos dos Vereadores - eu não sei quantos receberam, ou quantos
deixaram de receber - dizendo exatamente o que representava aquela figura que
foi apresentada para nós como mártir, mas que na verdade havia martirizado.
O Sr. Diógenes
Sobrosa de Souza estava com um grupo de guerrilheiros comandado pelo Capitão
Lamarca - o Capitão Lamarca foi promovido, aliás, a família do Capitão Lamarca,
hoje, recebe uma pensão de coronel -, e foram cercados por policiais militares.
Venceram a disputa, porque tinham armamento muito melhor do que os policiais
militares, e foram embora. Mas, na mesma noite, novos policiais militares
comandados pelo Tenente Mendes, um jovem, pai de filhos, entra em luta com
eles, e um dos guerrilheiros alerta que eles estão cercados; os policiais
estavam em pequeno número, mas a maioria deles estava ferida. O Tenente Mendes,
comandando os policiais militares, pediu que deixasse levar os feridos, que os
outros, que ainda estavam sem nenhum problema, ficariam como garantia de que
ele retornaria. Ele levou os feridos ao hospital, retornou a pé e caminhou
depois com os guerrilheiros por dois dias. Quando um novo confronto poderia ter
ocorrido, esse Tenente Mendes é abatido a coronhadas, tendo a sua cabeça
esmigalhada por essa figura que a Câmara de Porto Alegre homenageou. A Câmara
de Porto Alegre, pela unanimidade dos seus Vereadores, homenageou-o, e hoje
pessoas que conheciam a história reclamam.
Agora, a Verª
Mônica Leal apresenta um Projeto de Lei revogando a lei que nominou uma rua de
Diógenes Sobrosa de Souza. Ele não teve a mínima consideração com aquele homem
que voltou caminhando, que com eles caminhou durante dois dias. A morte a
coronhadas foi feita para que o tiro não chamasse a atenção para o local em que
eles estavam. É uma forma violenta, cruel de matar alguém que se preocupava com
a vida dos seus subordinados.
Ele foi
condenado à morte, foi um dos raros que foi condenado à morte no regime
militar. A pena de morte foi comutada, como foi comutada para outros, ninguém
foi morto, ninguém foi fuzilado, mas, depois, com a anistia, ele foi liberado e
veio a falecer, e o seu irmão pediu que a rua fosse denominada. Eu acho que a
consciência de cada Vereador vai dizer se o Projeto da Verª Mônica Leal,
tornando sem efeito essa lei que denominou uma rua Diógenes Sobrosa de Souza,
vai ser aprovada ou não; a consciência de cada um responderá. Foi, sem dúvida
nenhuma, uma maneira violenta de usar um fuzil que era da melhor categoria.
Provavelmente, se nós tivéssemos conhecimento disso, o resultado seria outro no
momento de votação. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, acho que,
realmente, todos os gaúchos acompanham muito de perto as eleições do Uruguai,
porque o Uruguai, para nós, é como se fosse uma continuação da nossa Cidade.
Então, é com muita alegria e expectativas que acompanhamos as eleições e as
vitórias dos Governos democráticos das fronteiras latino-americanas. E acho
importante, também, registrar que a nossa Câmara esteve presente, assim como o
Executivo Municipal, na busca da ampliação das relações políticas entre os
irmãos latino-americanos.
Eu queria
trazer aqui uma temática mais concreta de Porto Alegre, que já foi trazida a
esta tribuna pelo Ver. Raul Carrion. Ontem nós tivemos a oportunidade de
acompanhar, nesta Casa, o trabalho das Comissões Técnicas, porque, além dos
trabalhos de plenário - que são de maior visibilidade, trabalhos que a
população acompanha através do Canal 16 -, trabalhamos mais dias nas Comissões
Permanentes da Casa. Ontem tive a oportunidade de, além de acompanhar a reunião
dos Direitos Humanos, também acompanhar a reunião da CUTHAB - Comissão de
Urbanização, Transportes e Habitação - desta Casa. Foi muito interessante,
porque essa Comissão trouxe - pelo menos pela primeira vez nos últimos anos, já
estou aqui há 12 anos - o debate sobre o aumento das passagens dos transportes.
Eu quero
registrar, mais uma vez - talvez o Vereador tenha colocado isso ao falar na
tribuna -, que esta Câmara não decide sobre o aumento dos transportes de Porto
Alegre. A Câmara Municipal de Porto Alegre não decide sobre esse tema. O
aumento das passagens de Porto Alegre é decidido com base em uma análise
técnica feita por uma planilha de cálculos discutida pelo Conselho, o COMTU,
que é vinculado à EPTC, portanto não há nenhuma vinculação com a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Mesmo assim, eu acho importante que possamos
discutir isso. Mas acho que não é possível uma compreensão falsa de quem é
responsável por esse tipo de aumento.
A segunda
questão sobre a qual eu queria falar é que, apesar de a Câmara ter discutido
isso - e acho legítimo, eu disse ontem ao Presidente da Comissão, Ver. Carrion
-, o Executivo Municipal, a Prefeitura de Porto Alegre, não tem nenhuma
proposta de aumento, até este momento, em relação aos transportes coletivos. O
que cria, no mínimo, uma situação surrealista: uma comissão técnica da Casa
discute uma proposta do Executivo, quando essa proposta não existe. Mas, logo
mais, seguramente, o Executivo apresentará à sociedade, com base no estudo da
planilha técnica discutida pelo COMTU, a proposta da atualização tarifária.
Eu queria
dizer que há duas leis que tratam disso; não é coisa de um Prefeito. Uma lei,
aprovada por esta Casa, trabalha o índice em cima do reajuste da inflação, com
base no IGP-M, e a segunda, por meio de um Decreto assinado pelo ex-Prefeito de
Porto Alegre. Pelo ex-Prefeito! Portanto, o cálculo será feito em cima de uma
planilha não feita e construída pela atual gestão José Fogaça. Mas a definição
será feita em cima da planilha feita ainda pelo Governo do Partido dos
Trabalhadores.
Eu acho que é
importante esse esclarecimento, porque essa discussão não pode tomar rumos ou
de partidarização ou de temática política, porque é muito importante, é extremamente
importante para os usuários, para a população que usa o transporte urbano,
discutir isso. E, se essa discussão envereda por um caminho que não seja
meramente técnico, ela não enveredará pelo caminho da construção de soluções.
Acho que, de todo o jeito, foi importante a iniciativa da Comissão, mas creio
que tem de ficar muito claro de quem são os níveis de responsabilidade e o tipo
de procedimento que tem de ser tomado, para que esta Casa passe uma concepção
de verdade para o conjunto da população de Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; meus colegas
Vereadores, minhas colegas Vereadoras, senhoras e senhores, nós não tivemos a
oportunidade de acompanhar pessoalmente o debate da CUTHAB, mas nos fizemos
representar nessa reunião, Presidente, porque há algumas questões que precisam,
na nossa avaliação, ser melhor explicitadas.
A Frente
Popular governou esta Cidade por dezesseis anos, merecidamente, pelo voto
popular, e os senhores lembram da intervenção nos ônibus? Todos lembram. Foi um
preço muito alto para a população de Porto Alegre, e, ao fim e ao cabo, quem
teve que pagar foi a população. Criou-se, Ver. Professor Garcia, o chamado plus
tarifário, que é o primeiro imposto privado depois da Idade Média que eu
conheci, que é o povo comprar ônibus para empresário. Pois reformaram, Ver.
Bernardino, toda a frota de ônibus com o chamado plus tarifário. Depois
que a frota estava renovada, incorporada, bom, é o melhor transporte, tem
ar-condicionado, e veio a propaganda, parecendo, assim, que é a Prefeitura de
Porto Alegre que oferta o transporte à Cidade.
Eu vou pegar,
por exemplo, o passe livre, que é uma isenção. O passe livre ocorre num domingo
de cada mês - se não me engano, o último domingo -, e a população tem a
oportunidade de transitar em todos os ônibus sem o pagamento da tarifa. Ora,
isso, Ver. Carrion, é um fator de aumento do transporte coletivo. Nós temos uma
lei, nesta Cidade, do querido artilheiro Valdomiro Franco: Porto Alegre é a
única cidade no Brasil, se é que eu não estou enganado, em que pessoas a partir
de 60 anos estão isentas do pagamento da passagem, em todo o resto do Brasil é
a partir de 65 anos, Sr. Presidente; aqui é 60 anos. Eu estou pegando esses
dois exemplos, para dizer o seguinte: o debate, Verª Margarete, tem de ser
feito. Vamos fazer um seminário, vamos produzir uma pauta plural, não há outro
caminho.
Esse setor, em
nível nacional, tem de encontrar um caminho de redução, por exemplo, de óleo diesel
para o transporte coletivo. Esses impostos, que todos pagam, o setor de
transporte coletivo não pode pagar. De um lado, você diminui os custos e, de
outro lado, tem de enfrentar o seguinte: quem paga a conta, aqui, paga com o
chapéu alheio. Eu ofereço a isenção, venho a esta tribuna, vocifero, digo que
estou isentando o trabalhador, mas quem vai pagar a isenção é quem usa o
transporte coletivo. Essa equação não dá certo. Temos de reduzir custos e
diminuir isenções, Ver. Bernardino. Se não fizermos isso, será discurso para
inglês ver!
Agora, meu
amigo Carrion, de quem gosto muito, extraordinário companheiro da velha luta
popular do MDB de guerra, para V. Exª se legitimar nesta reunião, deveria de
ter feito outras reuniões quando era Governo, quando estava no Governo; nesses
dezesseis anos deveria ter feito essas reuniões. Aí, eu diria que estava
correto, Ver. Haroldo. Está correto. Mas não fez durante os dezesseis anos e
dizia: “É o melhor transporte coletivo, tem ar-condicionado, é extraordinário,
é fantástico”! E não fez! Agora, quer produzir a reunião, Ver. Nereu, parece-me
que fica como um tiro sem bala. Nós queremos enfrentar o problema.
Veja o seguinte,
Ver. Todeschini: V. Exª foi campeão em aumentar a água em Porto Alegre. Aliás,
uma vez, V. Exª escolheu um tal de realinhamento tarifário e tocou 23% de uma
tacada só! O Governo que está aí aumentou só o IGP-M. E V. Exª então fazia
aqueles asfaltinhos que faltavam nas vilas: investiu 10% no DMAE e o resto
colocou no asfalto. Isso é verdade! Estou dizendo a verdade. A lei diz que tem
de investir 25% no DMAE, mas ele investiu 10%, e o resto colocou nos
asfaltinhos. Às vezes, uma capinha de asfalto; às vezes, um pouquinho melhor,
fazia um pouquinho mais de asfalto para tapar os buracos do DMAE, e o que
sobrava aplicava nas vilas populares. Nós sabemos, temos exemplo na Pitinga, na
Lomba do Pinheiro.
Vamos produzir
essa discussão com o pé no chão, vamos produzir essa discussão sem demagogia.
Não há jeito, ou o Poder Público encampa, diz que vai botar recursos próprios,
o que não vai fazer, porque, se não tem dinheiro suficiente para a Saúde, para
a Habitação, vai ter para botar na tarifa de transporte...? Não tem,
Presidente! Por outro lado, quero dizer o seguinte: vamos fazer o seminário.
Vamos ver, então, quem deu essas isenções. Muitos foram os Vereadores, é
verdade. Muitos não estão aqui; outros, talvez, estejam aqui. E o Executivo
também fez isso. Então, vamos enfrentar. Presidente, encampa logo esse
seminário, extraordinário debate, porque, assim, a Câmara vai deixar de
discutir picuinhas e vai trazer coisas que interessam ao povo no seu dia-a-dia.
Muito obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em
Tempo Especial, conforme art. 94, § 1º, “g”, do Regimento.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Meu Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, a nossa
saudação e os nossos cumprimentos aos que nos assistem pela TVCâmara. Eu vou
responder adequadamente ao Ver. Sebastião Melo no dia de amanhã.
Quero fazer
uma referência em agradecimento a esta Casa e à Presidência por ter tido a
oportunidade de representar a Câmara de Vereadores de Porto Alegre na posse do
Presidente eleito da República Oriental do Uruguai, Dr. Tabaré Vázquez. Foi um
belíssimo e comovente ato, do qual nós tivemos a oportunidade de participar
representando esta Cidade, a Câmara de Vereadores e a pessoa do Presidente.
O Uruguai
vivia uma situação de 174 anos de hegemonia blanca ou colorada, Partidos
tradicionais de orientação conservadora que dominaram durante todo esse tempo a
liderança e a política uruguaia. A Frente Ampla, uma frente partidária que
congrega inúmeros Partidos, chega ao poder em 31 de outubro, depois de 32 anos
de luta. Luta que conhecemos, que expressa uma cultura e com a qual todos nós
tivemos contato. O Uruguai, por muito tempo também, recebeu os nossos exilados
da ditadura e, depois, sofreu uma cruel repressão e perseguição, com muitos
líderes mortos e desaparecidos. Quatorze por cento da população do Uruguai, até
hoje, vive no exílio, vive fora do país, principalmente em função dos
acontecimentos produzidos pela repressão, pela ditadura militar.
Pois bem, o
Uruguai elegeu o Dr. Tabaré Vázquez e também o seu vice, Dr. Rodolfo Novoa,
para dirigir por cinco anos aquele querido país, nosso vizinho. E foi, como
disse antes, um ato, uma comoção muito grande, porque, desde a zero hora do dia
1º de março, começou uma grande festa, e toda a população do Uruguai foi às
ruas, ocupando, especialmente, a avenida principal, a Avenida 18 de Julho. Até
ontem, à meia-noite, a festa continuava com intensidade total. Estiveram
presentes autoridades, Chefes de Estados, a exemplo do Brasil; os Presidentes
da Argentina, da Venezuela, da Bolívia, do Chile, do Paraguai; Ministros de
Estados, Embaixadores, representações Consulares; o Deputado Estadual Adão
Villaverde e os Deputados Federais Henrique Fontana e Érico Ribeiro, do Brasil.
Enfim, creio que lá estava representado um conjunto muito expressivo de
autoridades e representações de todo o mundo, de todos os países. Também
estavam presentes o Governador do Mato Grosso, Sr. Zeca, do PT; o Prefeito José
Serra, de São Paulo; o Prefeito de Belo Horizonte, Sr. Fernando Pimentel.
Em seu
discurso, o Presidente Tabaré falou das dificuldades a enfrentar, entre elas, a
crise energética, agora agravada pela intensa estiagem que assola o Uruguai,
bem como o Rio Grande do Sul. Falou da necessidade de enfrentar as questões da
pobreza, da dívida externa, entre outras questões importantes. Mas falou também
de combater com determinação a pobreza e as desigualdades que o país vive,
agravadas fundamentalmente pelos elementos da dívida externa e da concentração
do poder e da renda na mão do latifúndio e dos banqueiros. Falou em enfrentar
as questões sociais - o que é de grande interesse de nossa parte - e fortalecer
o Mercosul, pois esse é um elemento vital, especialmente a partir da nova hegemonia
que se cria entre Argentina, Uruguai, Brasil, Venezuela e outros países que
também vêm nessa direção.
Estivemos, com
muita alegria e orgulho, ontem, desde o meio-dia até a meia-noite, compondo a
delegação oficial que visitou aquele país, integrando o corpo de autoridades.
Eu queria
apenas deixar aqui um alerta aos representantes do nosso Governo: é bem verdade
que estava lá um Secretário Municipal, representando a Prefeitura de Porto
Alegre, mas, como Porto Alegre é a capital mais próxima de Montevidéu, tirando
Buenos Aires, é necessário que o Prefeito esteja presente em atos como esse. Os
Prefeitos de São Paulo e Belo Horizonte lá estavam, e nós não tínhamos nem o
Prefeito de Porto Alegre, nem o Governador do Estado - Capital e Estado
limítrofes com o Uruguai. Isso não é uma questão qualquer. O Mercosul é uma
realidade e uma garantia de prioridade política para o futuro, que envolve
todos nós.
Tive também a
oportunidade de encontrar o Dr. Ricardo Enrich, provável futuro prefeito a
assumir a Intendência de Montevidéu em maio. Ele estará em Porto Alegre, nos
próximos dias, e solicitou uma agenda com a Câmara de Vereadores e com as
autoridades municipais. Entendo que precisamos fortalecer esse intercâmbio que
é do interesse de todos nós, cidadãos de Porto Alegre e cidadãos do Uruguai.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à
Pergunto às
Lideranças se já há algum entendimento sobre a ordem dos Requerimentos a serem
votados.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO (Requerimento): Sr. Presidente, chegamos a uma proposta em relação
à ordem de votação dos Requerimentos, que é a seguinte: Requerimentos nº
055/05, nº 053/05, nº 062/05, nº 057/05, nº 051/05 e, por último, nº 054/05.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Em votação o Requerimento da Verª Clênia Maranhão.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 55/05 – (Proc. nº 1224/05 – CUTHAB – Comissão de
Urbanismo Transporte e Habitação)
– requer Moção de Solidariedade aos moradores do Condomínio Sonho Real,
localizado na Cidade de Goiânia/GO, em
virtude da violenta repressão, por
parte da Polícia Militar do Estado, ocorrida no dia 16-02-05, que ocasionou
duas mortes. (incluído em 23-02-05)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 055/05, de autoria da
CUTHAB. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 53/05 – (Proc. nº 1181/05 – Ver.ª Neuza Canabarro) – requer Sessão Solene a ser realizada no dia 06 de dezembro de 2005, às 17 horas, destinada a assinalar o transcurso dos “Setenta anos da Associação Rio-Grandense de Imprensa (ARI)” . (incluído em 23-02-05)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 053/05, de autoria da
Verª Neuza Canabarro. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 62/05 (Proc. 1281/05 - Verª Maria Celeste) – requer seja enviada ao Presidente da Câmara dos Deputados e ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Moção de Repúdio à proposta de aumento do salário dos Deputados Federais de R$ 12.840,00 para R$ 21.500,00 neste ano e para R$ 24.500,00 em 2006. (incluído em 24-02-05)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o
Requerimento nº 062/05, de autoria da Verª Maria Celeste. A Verª Maria Celeste
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 062/05.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, a presente Moção que trago para discussão nesta Casa tem a intenção
de provocar não só a discussão, mas um gesto concreto desta Câmara em relação a
essa vergonheira proposta pelo nobre Deputado Federal Severino Cavalcanti -
Ver. Sebenelo, que me escuta tão atentamente -, Presidente da Câmara Federal,
que foi eleito - vejam só! - com promessas e acordos de melhoria da condição de
vida e do salário dos nobres Deputados Federais, lá no Congresso Nacional. Ora!
Uma vergonheira a que assistimos nessa eleição: o agora legitimamente
Presidente vai - e diz que vai - cumprir a promessa, elevando os salários dos
Deputados Federais em 67%. Na situação em que vive o País, com o funcionário
público das três esferas - Federal, Estadual e Municipal - sem aumento de
salário nem perspectiva desse aumento, o nobre Deputado Federal, Presidente da
Câmara, evoca, então, para o bem público da Nação, o aumento dos salários dos
Deputados.
A intenção de provocar esta discussão neste Plenário e, mais do que isso, de apresentar propostas concretas, como esta Moção de Repúdio, nada mais é do que fazer com que cada um de nós, cada Vereador, cada Vereadora desta Cidade tome posição frente a essa vergonheira que está acontecendo em um País que vive uma situação terrível, em uma Cidade como Porto Alegre, também, onde o funcionário público municipal não tem aumento, e o funcionário público estadual também não recebeu aumento nos últimos anos. Então, nós vamos assistir a essa proposta de aumento dos Deputados sem fazer nada, sem fazer a nossa parte? Proponho, então, que esta Casa faça concretamente um gesto encaminhando ao Congresso esta Moção de Repúdio, para que, lá, o nobre Deputado, Presidente da Casa, não pense que pode fazer o que bem entende no Congresso, por conta de arranjos, para que veja que a população, o cidadão, os Vereadores e as Vereadoras neste País estão atentos a esta questão e não vão se calar, como se estivessem esperando, quem sabe, o efeito cascata. Esta Casa tem responsabilidade, os Partidos que aqui compõem esta Casa têm responsabilidade e precisam tomar uma posição frente a essa questão.
O custo anual
dessa proposta vergonhosa de 67% de aumento vai ser na ordem de 1 bilhão e 440
milhões para os cofres públicos. O absurdo do absurdo, quando nós precisamos de
orçamento cada vez maior para a Educação, para a Assistência Social, para a
Saúde, tão falada hoje aqui nesta tribuna! E nós temos a obrigação, sim, mesmo
sendo Vereadores desta Casa, do Município de Porto Alegre, de tomarmos posição
frente a esta vergonheira!
E, mais do que
tomar uma posição, devemos encaminhar esta Moção de Repúdio, devemos também
estabelecer na nossa Cidade uma grande campanha, levando para as praças, para
as ruas uma grande mobilização. E aqui também eu quero convidar todos os
Vereadores e Vereadoras desta Casa para estarmos juntos nessa grande campanha,
mandando e-mails, cartas, telefonando para os nossos Deputados no
Congresso, dizendo-lhes da vergonheira que é esse aumento salarial dos
Deputados Federais. No momento de imensa crise em que vivemos, crises
estruturais denunciadas por todos os Governadores, inclusive pelo Governador do
Estado do Rio Grande do Sul, nós não podemos nos calar e permitir que isso
aconteça em nosso País! Portanto, eu peço que, concretamente, hoje possamos
fazer um gesto aqui, nobres Vereadores e Vereadoras, aprovando esta Moção de
Repúdio e enviando-a ao Presidente do Congresso. Muito obrigada, Sr.
Presidente.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 062/05.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, alguns anos atrás era Arcebispo de
Porto Alegre o nosso saudoso Dom Vicente Scherer. Dom Vicente Scherer, no
programa A Voz do Pastor, fez um pronunciamento contra a violência. E, no
momento em que ele falava contra a violência, abriram-se manchetes nos jornais
de Porto Alegre: “Dom Vicente é contra a violência”. Para ser manchete só se
ele fosse a favor da violência, já que todos nós somos contra a violência.
Da mesma
forma, a unanimidade do País é contra esse aumento dos Deputados; os Deputados
são contra; oito Partidos, com a assinatura das suas Bancadas, já se declararam
contra. Então, surgem paladinos da verdade e, sendo “mais realistas que o rei”,
trazem essa obviedade. Quero registrar que acho desnecessário o Protocolo da Casa
dar número a um Projeto de Lei da Verª Maria Celeste, disciplinando, como
corregedora, o salário dos Vereadores, quando, na verdade, nenhum Vereador
desta Casa, tenho certeza, assinaria ou aceitaria qualquer tostão que fosse a
mais por decorrência de efeito cascata! Nenhum Vereador desta Casa aceitaria
isso.
Então esta
Moção é contra a Presidência que fez aquela proposta, que é inadequada, na
nossa opinião. E o Deputado Severino aparece nesta Moção pela incompetência,
pelo trato grosseiro, pela infelicidade no tratamento das relações do Planalto
com a Câmara Federal. E, pelo desastre político, por essa incompetência
política, nós, brasileiros, teremos que arcar por dois anos com aquela presença
na Câmara de Deputados, na sua Presidência. Não foi uma vitória de Severino
Cavalcanti, mas mais uma derrota, uma derrota fragorosa do Partido dos
Trabalhadores, que não teve competência, que não teve habilidade, que não teve
um mínimo de sutileza, pois, no dia da votação, infiltrou, junto aos votantes,
doze Ministros, e o Sr. José Dirceu a comandar uma pantomima que não se
realizou. O fracasso do Partido dos Trabalhadores e do Planalto é hoje pago
pela Nação inteira com a presença do Sr. Severino Cavalcanti, que não é o que
há de melhor na Câmara, não, mas talvez, quem sabe, fosse menos ruim que as
outras propostas apresentadas pelo próprio Partido dos Trabalhadores e pelos
“tapetes e corredores” do Palácio do Planalto.
Esta Moção é
tão óbvia quanto aquela manchete que dizia que o Arcebispo de Porto Alegre era
contra a violência. Ora, manchete seria se, primeiro, a lei existisse; segundo,
se fosse dado aumento; e, terceiro, se isso fosse aceito pelos Deputados. Em
absoluto, nenhuma dessas circunstâncias vai acontecer, porque já é pública e
assinada por quase todos os Deputados Federais a não-aceitação desse aumento.
Então, esta é a Moção óbvia, esta Moção é de tanta obviedade que, no mínimo, é
desnecessária. Porque a sociedade de Porto Alegre conhece os seus Vereadores,
os políticos do Rio Grande do Sul têm postura, têm uma idéia sobre política
muito melhor e muito superior às idéias do Centro e do Norte do País, e, por
isso, então, acho que esta Moção, além de ingênua, é desnecessária.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 062/05.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, chega a ser engraçado um Vereador do PSDB, cuja Bancada, certamente
inteira, votou no Sr. Severino para Presidente da Câmara, vir aqui
responsabilizar o Partido dos Trabalhadores pela eleição desse senhor e, mais
ainda, pelos efeitos nefastos que esse senhor pode trazer ao Brasil.
Mas em quem
votou o PSDB, Ver. Sebenelo? No Sr. Severino! Portanto, assumam o seu voto, a
nossa autocrítica nós fazemos. Agora, diga aqui em nome de que a Bancada do
PSDB vota no Severino e no seu jeito de legislar, no seu jeito de enxergar o
uso do patrimônio público? Em nome de que, se há desacordo sobre o que ele deve
conduzir na Câmara Federal, sobre as promessas que ele fez, os acordos que ele
fez para se eleger?!
Chega a ser
irônico ouvir isso da tribuna! A gente tem que rir para não chorar! Porque não
é possível que o povo brasileiro vá escutar, que o cidadão de Porto Alegre vá
escutar isso e que compreenda aqui a contradição do Vereador!
Nós, é fato,
não tivemos sucesso, mesmo sendo a maior Bancada, na eleição para Presidente da
Câmara. Isso, mais uma vez, comprova o modo de funcionar predominante dos
políticos brasileiros. Infelizmente, para o nosso País, para o crescimento
democrático, o que a gente ainda vê, na Câmara dos Deputados, é, sim, a troca
de favores, é a barganha, é a traição, é o troco dado, é entregar a condução
dos trabalhos de um espaço tão importante a um representante do clientelismo,
mais do que isso, a um representante da política feita no escuro, nas beiradas,
nos gabinetes, nos acordos. Essa é a verdade dos fatos! Todos estão dizendo que
são contrários ao aumento de salários, mas este Projeto ganha corpo, e, se a
sociedade brasileira não ficar atenta, não nos surpreendamos com a sua
aprovação, como foi a surpresa deste País inteiro com a votação e a eleição do
Deputado Severino.
Quem nos diz
que os 300 votos que ele recebeu não serão os 300 votos para a aprovação de um
salário que é um acinte, um acinte à democracia neste País, um acinte ao povo
brasileiro. É um reajuste que representa três vezes mais o reajuste que o
salário mínimo vai receber, porque representa não só os 21mil reais, mas o
Projeto de Lei já indica 24 mil reais no início do ano que vem, para não haver
polêmica num ano eleitoral. Isso significa, nesse período, 91% de reajuste. E
junto com ele estão embutidos reajustes da verba dos gabinetes, aumentada em
25%. E mais, o Judiciário está fazendo uma tensão para estabelecer um teto
salarial de 21 mil reais, porque a discussão é do teto, e 17 mil reais já é um
teto descabido para a situação brasileira.
A
nossa Bancada Federal tirou posição contrária a esse reajuste; a nossa Bancada
Municipal é contrária a esse reajuste...
(Manifestação
anti-regimental do Ver. Claudio Sebenelo.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Muito bem, oito Partidos. Então, parece-nos impossível a votação a
favor, mas, infelizmente, Ver. Sebastião Melo, pelo que se viu, mais 28
Deputados trocaram de Partido numa noite, ninguém tem garantia, neste País, de
que as bases do Partido, de que os Deputados respeitem a decisão partidária.
É,
na verdade, um vexame o que nós estamos vendo neste País. Não há fidelidade
partidária. E o problema não é o Planalto, o problema são esses Deputados que
funcionam e fazem política não a partir do compromisso com o povo brasileiro,
mas a partir do compromisso com os seus interesses próprios. É o antigo
fisiologismo, patrimonialismo, o uso privado do dinheiro público, que impera na
esfera Federal, e é isso que nós queremos combater. E esta Câmara Municipal,
que é uma Câmara austera, que é uma Câmara muito séria no uso do recurso
público, tirando essa posição, encaminhando essa posição para a sociedade e
para os Deputados, estará contribuindo para combater esse jeito de fazer
política que só desmoraliza a nossa classe política e, mais do que isso, não
nos permite avançar na democracia deste País.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 062/05.
O SR. RAUL
CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores e Vereadoras,
aqueles que nos assistem, em primeiro lugar, nós queríamos, em nome da Bancada
do PCdoB, dizer do nosso apoio à Moção da nobre Verª Maria Celeste - contrária,
de repúdio - ao aumento de 67% no pagamento aos Srs. Deputados Federais,
passando de 12 mil e 840 reais para 21 mil e 500 reais neste ano e 24 mil e 500
reais em 2006.
A nossa
Bancada Federal, Ver. Sebastião Melo, já se manifestou através do Deputado
Federal e líder sindical baiano, Daniel Almeida, considerando esse aumento
inoportuno e imoral. Entendemos que não é correto aumentarmos, no atual quadro
nacional, os salários no topo, no seu setor melhor remunerado, sem tratarmos a
questão da remuneração na base da pirâmide, na ampla massa. Evidentemente, está
longe de considerarmos que a responsabilidade de um Deputado Federal, que lida
com Projetos que têm repercussões estratégicas que, muitas vezes, significam
milhões, não deva ser de uma remuneração digna, mas, no quadro salarial
brasileiro, esse aumento é inconcebível. Aliás, muito se fala, Ver. Comassetto,
que essa proposta de aumento tem muito a ver com a eleição do novo Presidente,
com a campanha dele em cima do aumento milionário para os Deputados. Aliás, ele
foi aprovado pelo Partido do ex-Presidente Fernando Henrique; então, parece que
houve um entendimento aí. Mas nós devemos nos insurgir, e esta Moção é oportuna.
O que eu
queria propor, Verª Maria Celeste, é que esta Moção não seja enviada só para o
Presidente do Senado, para o Presidente da Câmara e do Superior Tribunal. Eu
acho, Ver. Sebastião, que esta Moção deve ser encaminhada para todas as
Lideranças dos Partidos de lá! Para que, se a unanimidade dos Partidos aqui
aprovar esta Moção, os Deputados, por exemplo, do PSDB saibam lá que aqui os
Vereadores do PSDB são contra esse aumento; que os Deputados do PDT, Ver.
Márcio Bins Ely, saibam lá que aqui, no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, os
Vereadores do PDT são contrários; se os Vereadores do PMDB aqui aprovarem a
Moção, Ver. Sebastião Melo, que lá a sua Liderança saiba que a voz altiva do
Rio Grande do Sul se posicionou contra essa atitude incorreta, no nosso
entender.
Por fim,
queria já manifestar a opinião não pessoal, mas opinião da Bancada do PCdoB
favorável também ao Projeto da Verª Maria Celeste no sentido de desvincular o
salário dos Vereadores de Porto Alegre do automatismo do aumento salarial dos Deputados
Federais; claro que sempre tendo um limite, o topo máximo previsto na
Constituição. E parece-nos justa a vinculação dos salários, Ver. Dib, dos
Vereadores aos reajustes salariais dos funcionários públicos de Porto Alegre.
Então,
manifestamos aqui o apoio à Moção e, da mesma forma, o apoio ao Projeto da Verª
Celeste, que contará com o voto da Bancada do PCdoB. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 062/05.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria
me pronunciar sobre esta proposta que, na verdade, é uma Moção da Verª Maria
Celeste, apresentando uma Moção de Repúdio a uma proposta do Congresso
Nacional, uma proposta absurda que inclusive foi rejeitada por nota oficial de
oito Partidos, dos quais o meu Partido faz parte - foi contra, oficialmente, o
PPS, assim como o PSDB, o PCdoB, o PTB, o PT -, enfim, todos os Partidos foram
contra essa proposta do Presidente da Câmara, o Deputado Severino, de aumentar
o salário dos Deputados para 24 mil e 500 reais. Isso é evidentemente um
absurdo que não apenas foi repudiado pela sociedade, mas já foi repudiado pelos
membros do Congresso brasileiro. Portanto, felizmente, essa proposta absurda do
Deputado Severino, Presidente da Câmara dos Deputados, não existe mais, ela não
conseguiu nem tramitar dentro do Congresso, talvez, pelo absurdo da proposta no
momento em que a sociedade brasileira amarga uma enorme exclusão econômica,
desemprego, enorme dificuldades, fundamentalmente dos trabalhadores que hoje
ganham salário mínimo e dos trabalhadores que não estão incluídos, sequer, no
mercado de trabalho.
Então, eu acho
que é uma preocupação legítima, é importante que a Câmara de Porto Alegre
debata sobre essa questão ética, porque essa questão está na sociedade. A
questão da remuneração, dos privilégios, da democratização, todos são temas
políticos e, como temas políticos, devem ser discutidos por todos os
Parlamentos. Portanto, acho que é importante explicitar que essa preocupação
não é apenas de um Vereador, de uma Vereadora, de uma Bancada, ela tem de ser
apresentada para a sociedade como uma preocupação dos Parlamentos e de seus
componentes, que, hoje, procuram fazer com que as decisões políticas tomadas no
Parlamento reflitam, evidentemente, o sentimento, a preocupação, a realidade
política e econômica, a situação de exclusão da sociedade.
E acho, ainda,
que é importante discutirmos isso, porque o mundo político brasileiro, o
Governo Federal, que, inclusive, criou o impasse gerando essa questão da
vitória de um candidato a Presidente, e que se elegeu Presidente da Câmara dos
Deputados, acho que significa, evidentemente, um retrocesso do ponto de vista
da postura pública que tem tomado o Congresso Brasileiro.
Mas a Moção -
finalmente eu queria dizer - perdeu o sentido, porque repudia uma decisão que o
Congresso não tomou, acho que, desse ponto de vista, os Deputados que barraram
essa proposta têm de ser reconhecidos como Deputados que, finalmente, cumpriram
um papel após o primeiro momento que foi de impasse diante daquela proposta
que, talvez, não tenham feito isso com a rapidez necessária.
Quero dizer
que no meu Partido, particularmente, a Deputada Denise Frossard fez, em nome da
Bancada dos Deputados, uma manifestação muito contundente em relação a isso,
fazendo com que se explicitasse a posição não apenas da nossa Bancada, mas que,
seguramente, reflete uma preocupação da sociedade em relação a isso.
Então,
evidentemente, se nós formos votar aqui o sentimento, a preocupação política, a
discussão da ética, a discussão da disparidade salarial deste País e o nível de
exclusão, estaremos todos favoráveis, devemos estar favoráveis, devemos
repudiar esse tipo de procedimento. Agora, do ponto de vista técnico, gerou-se
um impasse, porque o Projeto não existe mais no Congresso, ele não pôde
tramitar porque não teve apoio suficiente, felizmente, dos Srs. Deputados e
Sras. Deputadas que estão no Congresso. Pelo menos alguns resistiram a esse
tipo de tentação, colocaram-se contra esse tipo de atitude, barraram esse tipo
de procedimento.
Então acho que
temos de - desse ponto de vista - comemorar que o Congresso, na sua maioria ou,
pelo menos, uma maioria significativa, conseguiu barrar esse tipo de
procedimento, que atrapalha e piora a imagem extremamente gasta, hoje, da
política, o que é uma lástima, porque eu não conheço nenhum processo
democrático que tenha se fortalecido com o enfraquecimento dos seus Parlamentos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 062/05.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, a Verª Maria Celeste nos apresenta esta Moção, e os Vereadores já
sabem da minha posição quanto à Moção de Repúdio. Ora, eu quero colocar que
essa proposta de aumento foi feita de forma explícita, o Presidente da Câmara
dos Deputados, Severino, fez a sua campanha em cima disso, dizendo que ia
aumentar o salário dos Deputados.
E aqui eu
quero levantar algumas questões: uma é a hipocrisia, e a outra é a figura do
voto secreto. Eu pergunto: se aquela votação lá na Câmara dos Deputados fosse
com voto nominal, aberto, teria sido esse o resultado? Eu gostaria de responder
e vou responder: não! Não! O Presidente da Câmara não seria o Severino, porque
ainda há o mascaramento do voto secreto. Felizmente, nesta Casa, nós não temos
isso. O nosso voto é aberto, aparece num painel e é explicitado para toda a
Cidade.
Eu também
quero fazer alguns exercícios para ver a repercussão e a dimensão, embora isso
aí seja de domínio público. Esse aumento incide diretamente em 513 Deputados
Federais, em 81 Senadores, mais de 1.100 Deputados Estaduais e mais de 51 mil
Vereadores. No Rio Grande do Sul são 496 Municípios. A Legislação fala que nos
Estados os Deputados Estaduais podem receber 75% dos Deputados Federais e os
Vereadores podem receber 75% dos Deputados Estaduais. Então, é aí que justamente
entra toda essa questão do efeito cascata.
Mas eu
gostaria de levar para a questão da moralidade, da hipocrisia e do voto
secreto, porque tenho certeza de que, se aquela votação fosse aberta, Severino
não seria Presidente. Trezentos votos num colegiado de 513 é algo muito
difícil. É por isso que eu volto a dizer que esta Casa tem esse grande mérito,
nós não temos aqui o voto secreto, nós não temos adicional por Sessão extra.
Agora, nós ficamos quanto e quanto tempo discutindo essas questões? Eu acho que
a opinião pública tem que saber, e a Casa, sim, quer dar uma resposta. Eu volto
a dizer: Severino foi eleito com uma proposta explícita, ele dizia que ia dar
aumento. O nosso Partido, o Partido Socialista Brasileiro, de forma clara,
manifestou-se contrariamente a esse tipo de aumento e já determinou a todas
unidades federativas do nosso País que encaminhem posição contrária, e isso
está sendo feito não só aqui em Porto Alegre, mas em todas as Câmaras
Municipais do Brasil onde o PSB tem Parlamentares. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 062/05.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu diria
que a Moção é inteligente, oportuna, mas, se nós observarmos, o Sr. Presidente
da República propôs para os servidores federais um aumento de 0,1%. Os
Deputados Federais não terão coragem de aprovar o aumento, ainda que seja do
meu Partido o Presidente da Câmara Federal; a Bancada do Partido Progressista
do Rio Grande do Sul não dará apoio a ele.
Eu nunca voto
Moções, mas hoje vou votar. Acho que estamos gastando muito tempo num assunto
que já está decidido. Portanto, espero que seja votado nominalmente, sem
maiores problemas, porque o assunto está resolvido. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos
Todeschini, o Requerimento nº 062/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 24 votos SIM.
A SRA. MARIA
CELESTE (Requerimento): Sr. Presidente, só para solicitar que na Redação
Final seja incluída a sugestão do Ver. Raul Carrion de que a presente Moção
seja enviada para as Bancadas que compõem o Congresso Federal.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Está deferido.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 57/05 – (Proc. nº 1241/05 – Ver. José Ismael Heinen) – requer Moção de Solidariedade aos agentes de segurança: (policial civil e policial militar - brigadiano), pelo exemplar cumprimento de sua missão. (incluído em 23-02-05)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 057/05, de autoria do
Ver. José Ismael Heinen. O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
057/05.
O SR. JOSÉ
ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente desta Casa, Ver.
Elói Guimarães; Sras Vereadoras, Srs.Vereadores, imprensa aqui
presente, faço encaminhamento de um assunto que acho de uma singela emotividade
e muito merecida, proponho Moção de Solidariedade à figura do agente da
Segurança Pública, executor das políticas de Segurança Pública; do Policial
Civil; do Agente Penitenciário; do Policial Militar, do brigadiano, do
Bombeiro; do guarda municipal e - por que não estendemos também, diante de fato
divulgado em notícias recentes - do soldado brasileiro ferido no Haiti, que
também é um agente de Segurança Pública. O que nós temos visto, ultimamente, é
o reflexo da violência, da falta de segurança, das atrocidades que estamos
vivenciando. Encaminho a votação desta Moção em nome do Partido Progressista,
em nome da sua Liderança, Ver. João Antonio Dib.
É
constrangedor vermos, às vezes, na imprensa, certos fatos serem levados a uma
consideração... Não que não mereçam importância, mas são levados, assim, numa
consideração emotiva bastante grande, e a outros fatos que nos cercam no
dia-a-dia, presentes conosco no dia-a-dia, não é dada a devida atenção, a
devida emotividade. Tivemos, recentemente, notícias de fatos ocorridos com
esses agentes. Vimos o caso do brigadiano José Otomar Santiago de Oliveira,
assassinado num ônibus da Capital, que, quando rendido, não quis entregar a sua
arma. João Augusto Silva de Oliveira, confundido com um assaltante numa ação de
abigeato, foi morto. Quer dizer, até isso o agente sofre, sendo confundido com
o meliante. O policial civil Erbio Silveira Martins foi baleado no abdômen, no
braço e nas duas pernas. Recentemente, até com uma emotividade maior para nós,
tivemos o caso do inspetor Giovani Manique Barreto Silva, e até há uma certa
ligação com esta Casa, porque ele trabalha na equipe do filho do comissário Ivo
da Silva Marinho, Subchefe de Segurança.
Meus amigos,
esse cidadão vai cumprir a sua missão, as suas obrigações, cumprir as
determinações públicas que nós, responsáveis, ditamos. Ele, logicamente, nessa
fase crítica de violência que a sociedade está sofrendo, talvez seja o cidadão
que mais sofre a ingerência e os distúrbios dessa beligerância. O soldado, meus
amigos, encarregado de executar essa política pública, recebe mais ou menos 600
reais por mês; o sargento, 800 reais por mês. E, com tudo o que acontece, às
vezes são incompreendidos; por exemplo, quando eles têm de reagir, muitas vezes
são achacados pelo público, sua moral é desvanecida, etc.
Vejam, V. Exas,
que eles são as últimas tentativas de se sanear qualquer rompimento da
convivência social. É quando o fato ocorreu, quando ele é chamado ou para
prender, ou para recolher um corpo assassinado, ou para defender, às vezes,
nessa missão - que eu acredito que seja a coisa mais penosa para ele e sua
família -, de repente, um irmão, para se defender, ele chega ao cúmulo de ter
que matar; imaginem, V. Exas., para defender a sociedade. Qual será o
sentimento maior que ele tem após cumprir a sua obrigação e chegar ao limite de
ter que matar em nome da sociedade? Em troca disso, às vezes ele não tem o
devido valor, o reconhecimento pelo seu trabalho.
Eu tenho a
certeza de que, no momento em que esse agente de segurança for mais respeitado
pelos políticos e principalmente pela sociedade, nós teremos menos violência e
mais segurança. É por isso que desejo encaminhar este pedido de solidariedade a
esse agente. E podemos - por que não? - estender aos familiares de todos os
agentes, que ficam na retaguarda, pedindo a Deus que eles voltem ao aconchego
de seus lares. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 057/05.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a nossa
Bancada tem a obrigação de expor as suas opiniões, que vão no sentido de apoiar
a proposição feita pelo Ver. Ismael. Nós temos visto a sociedade gaúcha
diariamente estarrecida e, no último período, cada vez mais, com um conjunto de
assassinatos, mortes de brigadianos, de policiais civis, de agentes
penitenciários. O Ver. Ismael se referiu ao caso do Giovani, um policial civil
que dias atrás foi assassinado assim que chegou ao seu automóvel. Quer dizer,
na medida em que um policial militar, um policial civil, que tem o domínio, que
tem a técnica do trabalho da autodefesa, do ataque, de lidar com uma arma, é
assassinado por um ladrão de carro ou alguém que rouba o carro para fazer
assaltos, imaginem, V. Exas., como fica o restante da população. Então, nós
temos de, sim, nos solidarizar, nós temos de apoiar todo esse trabalho que é
feito por cidadãos, servidores públicos que, com farda ou não, estão exatamente
a serviço do bem-estar da nossa coletividade, para a nossa segurança.
Ver. Ismael,
V. Exª não citou, mas eu queria citar o caso dos brigadianos no Belvedere Rui
Ramos. Os próprios brigadianos declaram que, em alguns momentos, eles não têm
condições de ali ficarem, porque as gangues do Buraco Quente, da Vila
Ecológica, da Vila Gaúcha entram em ação em torno do Morro Santa Tereza, do
Belvedere Rui Ramos para o domínio do tráfico.
Estou lendo
agora, inclusive, Ver. Braz, do Caco Barcelos, grande jornalista gaúcho, o
livro que trata exatamente do tráfico no Morro Santa Marta. Nós temos de pensar
nisso porque vários Governos se sucederam no Rio de Janeiro, inclusive do meu
Partido, do PSB, do PMDB, do PDT, do PFL - vários Partidos -, e a situação no
Rio de Janeiro foi-se agravando, foi-se agravando. Em São Paulo não é
diferente, vários Partidos já se sucederam no Governo paulistano, e o que é que
nós estamos vendo? Vimos o Carandiru, o Vereador citou inclusive a situação dos
agentes penitenciários. Nós estamos vendo mortes aqui; várias ações, vários
bloqueios da Polícia foram furados pelos meliantes, pelos bandidos.
Então, nós
temos de pensar e dar suporte a quem defende a lei, a quem defende a nossa
segurança. Agora, é preciso, sim, que os governantes, que os Secretários de Segurança
se convençam de que essa é uma atividade em que se tem de “botar a cara”, tem
de ir para a linha de frente.Eu vejo que hoje nós temos nos vários Estados da
Federação muito poucos Secretários, homens públicos preparados para dirigir
esse tipo de ação, que é a ação da defesa da Segurança Pública. Por isso, eu
acho que os governantes - o Governador, o Prefeito, os Secretários - têm de
dialogar mais com as corporações, não se submetendo aos interesses
corporativos, mas dialogando com a experiência técnica e a experiência
profissional dessas pessoas, qualificados profissionais! Mas, hoje em dia,
muitas vezes o Secretário faz mais política no sentido de se guarnecer ou de
pensar no seu futuro político do que pensando na segurança pública dos seus
cidadãos. Nós temos visto isso em sucessivos Governos, em Estados
diferenciados, em níveis diferentes de Governo.
Portanto, em
boa hora o Ver. Ismael nos apresenta essa questão, faz-nos refletir e faz-nos
dialogar com o conjunto da sociedade do Rio Grande do Sul. É importante, porque
no último período fiz várias ações junto à Brigada Militar, junto à Polícia
Civil e, felizmente, da base dos trabalhadores, das várias instâncias, eu tive
bons retornos, e é disso que se precisa. Eu espero que os Governos acordem para
essa triste situação e que não se tenha aqui no Rio Grande do Sul a mesma
triste situação do Rio de Janeiro e de São Paulo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não há mais Vereadores ou Vereadoras inscritos.
Em votação o
Requerimento nº 057/05. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 51/05 – (Proc. nº 1164/05 – Ver. Comassetto) – requer moção de solidariedade com a Escola de Samba Estado Maior da Restinga pela superação de dificuldades estruturais, de organização e financeiras, pela recuperação, em 2004, da classificação para a Categoria Especial e pelo título de campeã no Carnaval de 2005. (incluído em 21-02-05)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 051/05, de autoria do
Ver. Carlos Comassetto. O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 051/05.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados colegas Vereadores e
Vereadoras desta Casa, prezado público que nos assiste: carnaval, este tema
cultural, maior festa popular mundial; carnaval, tema este da maior festa
popular brasileira. Carnaval, este tema da maior festa popular da nossa Capital
Porto Alegre. Este tema do carnaval e a nossa homenagem à Escola de Samba
Estado Maior da Restinga também diz respeito ao assunto. Queremos aqui trazer o
entendimento da evolução que teve e que está havendo, sob o ponto de vista do
reconhecimento de uma estrutura de uma administração pública, o carnaval. E
isso aconteceu justamente nesse período da Administração Popular, toda a
discussão que houve na Cidade para identificarmos e localizarmos o melhor local
para a Pista de Eventos. E aqui recupero, sim, a participação que tive como
Conselheiro do Plano Diretor, quando houve a polêmica de que ninguém queria - o
conflito estabelecido na Cidade sobre a continuidade - o carnaval na Região
Centro de Porto Alegre.
A comunidade
da Restinga e a Região Extremo Sul, naquele momento, se posicionaram dizendo
que a Pista de Eventos poderia ser lá na Restinga. Com aquele movimento, junto
com a Região do Planejamento do Porto Seco, estabeleceu-se um belo debate na
Cidade. E quem ganhou foi a cidade de Porto Alegre e o processo de planejamento
participativo, porque houve um envolvimento de todos os segmentos, além dos
carnavalescos, dos comunitários, dos empresários, das entidades profissionais -
CREA, Sociedade de Engenharia, Instituto dos Arquitetos do Brasil -, da
Associação dos Carnavalescos, e foi feita essa discussão. Naquele momento, nós
ouvimos de diversos segmentos, inclusive de diversas escolas de samba, a
rejeição em relação à possibilidade de que o carnaval ou a Pista de Eventos
fosse na Restinga. E diziam: “Se for lá, vai privilegiar uma Escola e não o
todo.”
Eu quero dizer
aqui que, naquele momento, quem fez essa afirmação a fez de uma forma
equivocada, porque a grande vitoriosa do carnaval de Porto Alegre, a grande
vitoriosa do carnaval no novo complexo cultural do carnaval do Porto Seco se
chama Escola de Samba Estado Maior da Restinga, uma vez que, em 2004, ela foi a
campeã do Grupo 1 A e passou para o Grupo Especial e, em 2005, foi
campeã do Grupo Especial! Isso tudo reflete o potencial de uma comunidade, que
é a comunidade carnavalesca da Restinga e da Região Extremo Sul!
O carnaval em
Porto Alegre - e nós precisamos fazer, sim, esse debate - precisa evoluir,
precisa-se adequar, precisa-se potencializar diante desse grande projeto que a
Administração Popular construiu e que está deixando para a história desta
Cidade, junto com todos aqueles segmentos que fazem esse debate! E, aí, eu digo
que a Associação dos Carnavalescos também precisa olhar para o carnaval
comunitário e não só para a lógica das grandes escolas de samba. E nós, aqui,
também precisamos fazer esse debate, porque o complexo cultural do carnaval,
instalado lá no Porto Seco, foi criado com a proposição de potencializar o tema
do carnaval, Sr. Presidente, para gerar emprego e renda, para fortalecer a
questão da cultura, para fortalecer os segmentos sociais e poder trazer toda
essa juventude que hoje vive na periferia da Cidade e que busca espaço para sua
qualificação cultural, social e econômica. Muito obrigado. Quero deixar, aqui,
o nosso fortalecimento às comunidades e os nossos parabéns à Escola Estado
Maior da Restinga.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 051/05.
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, é com
prazer que nós, do PDT, vimos à tribuna para encaminhar a votação do
Requerimento do Ver. Comassetto, que requer Moção de Solidariedade à Escola de
Samba Estado Maior da Restinga. Venho à tribuna, pela Bancada do PDT, por fazer
parte da comunidade do Extremo Sul, como também faz o Vereador que subscreveu o
Requerimento. O Ver. Comassetto tem um trabalho digno naquela comunidade e fez
muito bem o seu Requerimento. Nós somos da Zona Sul de Porto Alegre e sabemos
da luta, da briga que a Restinga teve, no bom sentido, concentrando esforços.
E também, Ver.
Comassetto, temos de fazer justiça a um lutador desta Casa que não está mais
aqui, ele está na Assembléia Legislativa: o nosso amigo, hoje Deputado
Reginaldo Pujol, um lutador do Estado Maior da Restinga e que fez força por
ela. O Ver. Comassetto concorda comigo, todos nós sabemos do trabalho do
Deputado Reginaldo Pujol. Então nós, do PDT, ficamos muito contentes, damos
parabéns ao Ver. Comassetto por ter apresentado esta Moção.
Conte comigo
sempre que for necessário para este tipo de Requerimento, este tipo de Moção,
de apoio à comunidade da Restinga - e a todas as comunidades da Cidade, porque
todas precisam, com certeza, do nosso apoio. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Margarete Moraes está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 051/05.
A SRA.
MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Elói Guimarães; Vereadores e Vereadoras,
eu venho aqui defender, apoiar e cumprimentar o Ver. Comassetto, que é nosso
companheiro, morador da Zona Sul, assim como o Ver. Mario Fraga, ambos conhecem
de perto as demandas, as conquistas, as dificuldades, as necessidades daquela
comunidade.
Eu tenho
certeza de que nos últimos dezesseis anos houve muitas conquistas lá na
Restinga, mas é evidente que há dificuldades, que sempre há muito mais o que
fazer, principalmente hoje no que tange à segurança. Há muitos problemas lá na
Restinga, a exemplo das brigas entre as gangues, hoje nós vimos no Diário
Gaúcho, inclusive, como se fosse um acerto entre tribos rivais. É uma situação
bastante difícil que certamente deverá ser resolvida.
Eu quero dizer
que, quando eu assumi a Câmara Municipal de Porto Alegre - portanto, deixei a
Secretaria Municipal da Cultura -, fui convidada pela direção do Estado Maior
da Restinga para compor o Conselho daquela comunidade carnavalesca.
Precisamente no momento, Ver. Comassetto, em que a Escola havia caído do Grupo
Especial, estava no Grupo 1A e enfrentava problemas de auto-estima; havia uma
comunidade desintegrada, com baixa auto-estima, fracionada. E, junto com o Ver.
Dr. Goulart, também conselheiro, e o Ver. Reginaldo Pujol, com os apoios que se
consegue, principalmente com a empresa de transportes Tinga e o trabalho de
toda aquela comunidade, do presidente Helinho, do Sandro, do Preto, do
Presidente do Conselho, Evaristo Mutti, houve um resgate do orgulho, do
sentimento de pertença naquela região. No ano passado, a Escola de Samba Estado
Maior da Restinga foi campeã, portanto voltou ao Grupo Especial e este ano
também, merecidamente, foi campeã.
Ver. Elói
Guimarães, tenho muito orgulho de ter apresentado este ano a Escola na avenida
e, apesar de alguns comentários, de alguns jornalistas de determinadas rádios
que evidentemente têm o direito de torcer por sua escola de samba, que não
conseguiram comentar com o equilíbrio necessário, a Escola chegou lá.
Ver.
Comassetto, acho muito importante esta sua Moção, não é um fato superficial - a
Verª Maristela Meneghetti também desfilou este ano, querida Vereadora. Eu quero
dizer que há um grande preconceito ainda na nossa sociedade em relação à arte,
à cultura popular, em relação ao carnaval. E aqui quero fazer uma menção a um dos
maiores intelectuais deste País, um dos maiores pensadores, que foi o Professor
Darcy Ribeiro, e ao grande arquiteto Oscar Niemeyer; dois intelectuais da maior
estirpe que constataram, pela primeira vez, no Rio de Janeiro, a necessidade de
que essa arte, essa cultura tivesse um espaço próprio e construíram o primeiro
sambódromo no Brasil. Eu acredito que a vida social tem avanços, às vezes tem
recuos, mas creio que agora o carnaval vive um momento de avanço, porque
conquistou definitivamente um espaço digno na cidade de Porto Alegre.
Parabéns, Ver.
Dr. Goulart, parabéns a todos os carnavalescos desta Cidade, parabéns ao Estado
Maior da Restinga, que é o clube social daquela comunidade, que é o ponto de
encontro, que desenvolve projetos sociais junto a vários Ministérios neste
País. Também quero dar parabéns à Escola que conquistou o segundo lugar este
ano, que é a Imperatriz Dona Leopoldina, e dizer que ela também conta com o
apoio da comunidade e aqui conta com o apoio do Ver. Raul Carrion, da Deputada
Jussara Cony, da Verª Manuela. Deixo um grande abraço ao Presidente da
Imperatriz Dona Leopoldina, o nosso querido Maurício, pela beleza do carnaval
que apresentaram neste ano.
Eu quero dizer
que essa foi uma conquista muito dura, Ver. Comassetto, dessa comunidade
cultural, porque havia um grande preconceito de setores conservadores desta
Cidade que não permitiram, via Justiça, que a Pista fosse construída aqui no
Centro, e a Prefeitura não tinha governabilidade sobre a Justiça. Depois esses
setores tentaram complicar a construção que foi proposta pela comunidade do
bairro Restinga e pela comunidade do Porto Seco, e no Plano Diretor houve
muitas contribuições, inclusive a sua, Vereador, para que lá se constituísse
definitivamente.
E já que a
questão da segurança é uma questão tão importante para nós, eu gostaria de
ressaltar que nesse carnaval, com um público de mais de cem mil pessoas, não
aconteceu nenhum fato, nenhum problema grave de agressão, de nada, nessa área,
como tem acontecido nos últimos dez anos nesta Cidade, ao contrário do que
infelizmente ainda ocorre nas partidas nos campos de futebol. O carnaval
ocorreu numa paz, numa alegria como deve ser, e a gente espera que tenha
continuidade essa obra do complexo cultural do Porto Seco. Mais uma vez parabéns
por sua Moção, Ver. Carlos Comassetto.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 051/05.
O SR. RAUL
CARRION: Em primeiro lugar, a nossa saudação ao Presidente Elói Guimarães, aos
demais Vereadores e Vereadoras, e nossos parabéns ao Ver. Comassetto pela
iniciativa desta homenagem, desta Moção. Nós, como entusiastas e participantes
do carnaval, não poderíamos deixar de trazer esse abraço à comunidade do bairro
Restinga, uma comunidade sofrida, muitas vezes excluída pelo preconceito, a
qual, Ver. Nereu, nós podemos dizer que é bicampeã, porque no ano passado foi
campeã no grupo de acesso e, neste ano, saltou imediatamente para o primeiro
lugar no Grupo Especial. E esse mérito da Restinga tem de ser ressaltado aqui,
deu-se nos dois carnavais ocorridos no sambódromo do Porto Seco; aliás, um
grande mérito do Governo da Frente Popular nestes dezesseis anos que, se não
ocorreu antes, Verª Margarete Moraes - V. Exª tratou aqui também da questão -,
foi por causa de toda oposição que setores preconceituosos, em diversos
momentos, fizeram a esse grande centro de eventos, que é hoje o sambódromo da
Zona Norte.
Quando daquela
Comissão que V. Exª presidiu, Ver. Dr. Goulart, quero também chamar a atenção
de que, em função até do preconceito em determinadas regiões, se acabou
escolhendo a região do Porto Seco, e outros preconceitos se levantaram, como se
o Porto Seco, na Zona Norte, fosse o fim do mundo, de que estávamos exilando o
carnaval, de que estávamos excluindo o carnaval. Ao contrário, o carnaval do
Porto Seco tem demonstrado o seu potencial, o potencial da Região
Norte - uma Região sofrida, é certo -, uma Região do povo trabalhador. Mas que
lugar mais nobre para fazer o carnaval, se não onde está o povo trabalhador,
que é quem faz o carnaval. Pois muitas vezes a elite vai para desfilar como
vedete no carnaval, mas quem o constrói no dia-a-dia é o povo da periferia, é o
povo das nossas vilas, é o povo da Restinga. E é, principalmente, o povo negro,
de onde nasce essa cultura, de onde nasce essa força, que é o carnaval
brasileiro, que é o carnaval gaúcho, o carnaval de Porto Alegre, que será muito
maior com a conclusão do grande projeto do complexo cultural do Porto Seco.
Então, está de
parabéns a Restinga, está de parabéns o carnaval de Porto Alegre, está de
parabéns o povo da Zona Norte, que conquistou aquele equipamento. Quando outros
estavam recebendo, e nós havíamos dado uma outra alternativa, repudiaram,
expulsaram, mas o povo da Zona Norte soube valorizar a cultura brasileira.
Concluo,
então, dizendo que - Vereadora, V. Exª também, por uma série de fatores, se
obriga a viajar muitas vezes para outros Países - o que torna conhecido o
Brasil é o carnaval. Estive viajando no período do carnaval e, infelizmente,
este ano, não pude desfilar na Imperatriz, que é a minha Escola, aliás, foi a
vice-campeã; Escola que também veio num processo crescente de melhor carnaval.
Vamos disputar taco a taco com a Restinga, com as outras Escolas tão
importantes que nós temos, como Imperadores, Praiana e todas as outras.
Quero
registrar que, nas viagens que fazemos, as pessoas dizem: “Brasileiro, ah!
carnaval!” É mais do que futebol, Verª Neuza Canabarro, nós somos conhecidos
pela alegria, pela festa, pela beleza do nosso povo, da nossa confraternização,
que é o carnaval. Parabéns à Restinga, parabéns também as outras Escolas, do
primeiro e do segundo Grupo, a todos as demais. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº 051/05. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 54/05 – (Proc. nº 1190/05 – Ver. Adeli Sell) – requer moção de Apoio às ações conjuntas da SMIC, Brigada Militar e da Guarda Municipal em galerias do centro que levaram a apreensão de milhares de produtos pirateados. (incluído em 23-02-05)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento nº
054/05. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 054/05.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, cidadãs e
cidadãos de Porto Alegre, o Ver. João Dib me faz um sinal que me faz pensar que
falo por outros Vereadores também. Isso me gratifica muito, porque achei
louvável e correto que tenha sido feita uma ação conjunta entre Brigada
Militar, SMIC e Guarda Municipal contra a pirataria no Centro da Cidade,
principalmente nas galerias, e mais uma vez a retomada do famoso “esqueleto”,
que é aquele prédio da Galeria XV de Novembro, inacabado, que tem trazido
tantos transtornos para a cidade de Porto Alegre: lá é esconderijo de ladrões,
de batedores-de-carteira, de ladrões de cheques - a gente sabe que há um
esquema pesado lá.
Junto com a
Brigada Militar - e aqui eu quero, mais uma vez, enfatizar a importância do 9º
Batalhão, porque é o 9º Batalhão que age no Centro da Cidade -, nós realizamos
parcerias quando estive na Secretaria Municipal da Produção, Indústria e
Comércio. Nós fizemos uma grande apreensão de mercadorias numa madrugada,
tivemos de cercar o espaço; naquele momento inclusive tivemos um grande apoio
da EPTC, que foi importante. Portanto, como eu já disse outras vezes para o
Secretário Idenir Cecchin, é necessário continuar a trilha das ações
conjugadas, a soma da Prefeitura com a Brigada Militar, com essas instituições;
isso é fundamental para atacar a criminalidade no Centro.
Hoje,
os jornais, meu caro Presidente, dão conta de que o Conselho Nacional de
Combate à Pirataria e aos Crimes fez uma reunião nacional e tomou um conjunto
de decisões que vai, exatamente, no sentido da minha Moção, ou seja, um
trabalho conjunto de várias instâncias governamentais - no caso, a Polícia
Federal, a Receita e as Polícias, com reforço às Polícias locais, estaduais -
para o combate à pirataria, com ações de apreensão desses produtos que estão
trazendo a desgraça para o nosso País. Esse plano inclui, também, uma ação
junto à Polícia Federal para expulsão de estrangeiros, em especial, dos
orientais, que têm servido, às vezes, de forma utilitarista, porque são pessoas
que vêm para cá, muitas vezes, sem saber falar a nossa língua, ficando na mão
do Law Kin Shong, que está preso, mas que
continua agindo, dirigindo a grande máfia da pirataria no nosso País e que tem
os seus representantes aqui no Estado, como eu, sistematicamente, tenho tentado
demonstrar.
A
ação conjunta dessas instâncias que foi feita em Porto Alegre deveria servir de
exemplo, principalmente, para a Secretaria da Fazenda do Estado, que hoje tem
problemas na arrecadação do ICMS. Eu coloquei aqui que uma ação da Secretaria
com a Brigada Militar e a Polícia impediria, por exemplo, o grande contrabando
de pneus que vêm, todas as madrugadas, de Porto Soberbo, na Argentina, por
Tiradentes do Sul, no Rio Grande do Sul. Impediria que viessem as camionetes do
Paraguai, lotadas de lap tops - eu já passei para as autoridades a
cidade, quem é, como age e como chega - que são vendidos também em Porto
Alegre, inclusive em algumas lojas estabelecidas. Se nós tivéssemos ações
conjuntas da Brigada Militar, da Secretaria da Fazenda do Estado, da Polícia
Civil e da Polícia Rodoviária, na divisa com Santa Catarina, com a Argentina e
com o Uruguai, o nosso Rio Grande do Sul não seria hoje o Estado que mais tem
contrabando no País.
Portanto, eu
quero fazer esta Moção, pedir o apoio para que possamos votar a solidariedade à
Brigada Militar, à Secretaria da Indústria e Comércio e à Guarda Municipal por
essas ações conjuntas. Quando se faz uma coisa positiva, a partir de qualquer
Governo, nós temos uma obrigação moral de apoiar e de nos solidarizar, não
importa se estamos na situação ou na oposição. Por isso, apresentei esta Moção;
é importante que a gente a coloque hoje em votação e a aprove imediatamente.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 054/05.
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nós, da
Bancada do PDT, estamos encaminhando favoravelmente o Requerimento do Ver.
Adeli Sell, que requer Moção de Apoio às ações conjuntas da SMIC, da Brigada
Militar e da Guarda Municipal. Encaminhamos favoravelmente porque o Ver. Adeli
esteve à frente da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio e
lamentavelmente, naquela época, não teve o tempo necessário para praticar mais
ações contra o contrabando que existe na nossa Capital. Como ele mesmo relatou,
todos sabem quem são os contrabandistas, onde estão e onde vendem os seus
produtos. É uma pena que, no Governo passado, não tenhamos conseguido terminar
com o contrabando. Talvez agora, com conhecimento de causa, o nosso Secretário
Idenir Cecchin continue o trabalho da Secretaria Municipal de Indústria e
Comércio e consiga fazer com que isso diminua bastante, pois nós não podemos
partir para a utopia de que vamos conseguir terminar com o contrabando, com a
pirataria no Centro de Porto Alegre. Mas todas as ações são bem-vindas, e,
neste momento, o PDT apóia o Requerimento do Ver. Adeli Sell.
Também estamos
contentes hoje, Ver. Haroldo de Souza, porque conseguimos fazer o acordo, votar
todos os Requerimentos e, com isso, estamos limpando a Pauta para entrarmos,
definitivamente, amanhã, nos Projetos que esta Casa tem de votar. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo
de Souza, o Requerimento nº 054/05, de autoria do Ver. Adeli Sell. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) Há 15 Vereadores, portanto não atingimos o quórum
necessário. Em razão disso, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h33min.)
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